Ganeses que vieram ao Mundial pedem refúgio no Brasil
Cerca de 250 ganeses procuraram a Delegacia da Polícia Federal de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, para pedir refúgio no Brasil desde o dia 30 de junho. Eles ingressaram no país como turistas, sobretudo por Natal, Fortaleza e Brasília, cidades-sede dos jogos da seleção de Gana na Copa do Mundo, e depois seguiram para o sul em busca de trabalho.
O pedido de refúgio cria um protocolo que dá ao imigrante acesso a trabalho e direitos individuais e coletivos. A condição é provisória e se mantém até que o Conare (Comitê Nacional para Refugiados) decida se concede ou nega refúgio.
Autoridades locais têm informações de que os ganeses optaram para seguir para Caxias do Sul porque a PF local consegue atender mais rapidamente a demanda e a cidade tem estrutura de acolhimento, o CAM (Centro de Atendimento ao Migrante), ligado à Igreja Católica.
Boa parte deles já viajou para Santa Catarina e São Paulo, onde há promessa de emprego. A PF vai investigar se o movimento até Caxias do Sul é coordenado ou incentivado por intermediários mediante cobrança de valores financeiros dos africanos. O município, que já recebeu 3.000 haitianos e senegaleses nos últimos anos, teme não poder atender a uma eventual nova onda migratória.
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