Motoristas do Recife decidem rumos de greve no domingo
O secretário geral da direção do sindicato, Josival Costa afirmou que esta paralisação foi "uma resposta aos patrões, para dizer que precisamos respeito". Ele destacou que a classe patronal fala não ter dinheiro para pagar o aumento, mas não citam os lucros nem as isenções fiscais que recebem.
Iniciada às quatro horas da manhã desta sexta, a paralisação foi uma resposta à decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que suspendeu o aumento salarial de 10% concedido em dissídio coletivo, no último dia 30 de julho, pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PE).
O reajuste havia sido concedido depois de três dias de paralisação da categoria, que reivindicava os 10% e aumento vale refeição de R$ 171,00 para R$ 320,00. Além de conceder o aumento reivindicado pelos trabalhadores, o TRT aumentou o vale para R$ 300,00.
O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) havia proposto 6% de aumento linear - salários e benefícios - e recorreu argumentando não ter capacidade financeira para bancar a determinação do TRT-PE, pois tem como única fonte de renda as passagens - a mais barata custa R$ 2,15.
O ministro do TST Barros Levenhagen acatou o pedido de liminar, determinando o reajuste de 6%, que fica valendo até o julgamento do caso pela Seção de Dissídios Coletivos do TST, que ainda não tem data definida. O sindicato dos trabalhadores informou ainda não ter sido notificado da decisão e tem até a segunda-feira (25) para recorrer.
A paralisação desta sexta-feira deixou como saldo um ônibus incendiado, diversos coletivos com pneus furados, muito transtorno para a população e a maioria dos terminais integrados fechados.
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