Topo

Dólar tem alta sobre real, na esteira internacional

02/09/2014 09h57

São Paulo - O dólar sobe ante o real após a abertura dos negócios à vista, influenciado pela alta do dólar ante a maioria das moedas emergentes e ligadas a commodities, pela incerteza sobre a rolagem do vencimento de swap cambial de outubro e reflete também um ajuste após uma sequência de quatro baixas seguidas (-1,92%) e da estabilidade da moeda no mercado à vista na segunda-feira, 01, a R$ 2,2420.

O panorama eleitoral, no entanto, permanece no centro das atenções e os investidores digerem o debate dos candidatos à presidência ontem no SBT, no qual ficou clara uma polarização entre a candidata do PT, a presidente Dilma Rousseff, e a candidata pelo PSB, Marina Silva.

Às 9h35, o dólar à vista no balcão tinha alta de 0,58%, a R$ 2,2550, na máxima. O futuro para setembro de 2014 subia 0,31%, a R$ 2,2710.

Por sua vez, o Ibovespa futuro subia 0,60%, aos 61.960 pontos. Em Nova York, no mercado futuro, o Dow Jones subia 0,12%, o Nasdaq tinha alta de 0,20% e o S&P 500 subia 0,10%. Na Europa, Londres tinha virado e cedia 0,09%, Paris subia 0,46% e Frankfurt avançava 0,44%.

O mercado doméstico aguarda ainda os números da Fenabrave sobre vendas de veículos (11h45) e, nos Estados Unidos, os índices PMI (10h45) e ISM (11h) sobre a atividade da indústria. Os dados da Fenabrave poderão ter efeito sobre as ações das siderúrgicas CSN e Usiminas, que vendem aços planos para as montadoras. Já o front político deve seguir influenciando as ações da estatais.

A alta de 0,7% da produção industrial em julho, na margem, após cinco meses consecutivos de queda, influencia mais os negócios com juros futuros, que operam em leve alta. O resultado ficou dentro do intervalo das estimativas, que iam de -0,50% a +1,40%, com mediana de +0,50%. Na comparação anual, houve queda de 3,60%, sendo que as projeções iam de queda de 5,25% a recuo de 3,00%, com mediana de -3,70%. No ano, a produção da indústria acumula queda de 2,8% e, em 12 meses, o recuo é de 1,2%. Chama atenção o desempenho da produção da indústria de bens de capital, que avançou 16,7% em julho ante junho. Já na comparação com julho de 2013 o indicador mostrou queda de 6,4%.