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Dólar recua com aversão ao risco no exterior

24/10/2014 09h48

São Paulo - O mercado de câmbio abriu nesta sexta-feira, 24, a última sessão antes do segundo turno da eleição presidencial, no domingo, 26, ecoando os números divulgados ontem pelos institutos Ibope e Datafolha, que confirmaram fortalecimento de Dilma Rousseff (PT) ante Aécio Neves (PSDB). Mas também há novas notícias no front político, entre elas sondagem Sensus/IstoÉ, que apontou vantagem do tucano, e a expectativa pelo último confronto entre os presidenciáveis hoje à noite na TV influenciando os negócios. No exterior, o clima é de aversão ao risco, após a confirmação de um caso de ebola em Nova York.

Na abertura, o dólar à vista no balcão se ajustou em baixa, caindo 0,72%, cotado a R$ 2,4910. Ontem, havia fechado no maior patamar desde 4 de dezembro de 2008, a R$ 2,5090 (+0,84%). Às 9h24, valia R$ 2,4990 (-0,40%). A moeda norte-americana para novembro estava estável, cotada a R$ 2,5040, no mercado futuro.

Em relação às pesquisas, pela primeira vez nesta etapa da corrida à Presidência, a diferença entre a presidente e o seu adversário está fora da margem de erro, tanto no levantamento do Ibope quanto no do Datafolha. No Ibope, Dilma apareceu com oito pontos de vantagem sobre Aécio, com 54% contra 46% dos votos válidos, enquanto na Datafolha, a diferença foi de seis pontos para a presidente, ao atingir 53% dos votos válidos, ante 47% do tucano. A margem de erro é de dois pontos porcentuais.

Já a Sensus/IstoÉ mostrou Aécio com 54,6% das intenções de votos válidos, contra 45,4% de Dilma. Se for considerado o número total de votos, a pesquisa indica que Aécio tem 48,1% e Dilma, 40%. O Sensus entrevistou 2 mil eleitores de 136 municípios em 24 Estados entre os dias 21 e 24 de outubro. A pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos porcentuais. E uma reportagem da revista Veja, que circula a partir de hoje, trouxe a informação de que Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabiam do esquema de corrupção na Petrobras.

Nos Estados Unidos, três norte-americanos foram postos em quarentena em Nova York ontem, após terem contato com Craig Spencer, o primeiro paciente diagnosticado com ebola na cidade. O temor com o ebola, além de certa tensão antes do resultado dos testes de estresse de bancos no domingo na Europa, reduzia a força do dólar ante as moedas de países desenvolvidos. O euro subia a US$ 1,2648 às 9h26, de US$ 1,2647 no fim da tarde de ontem. Já a moeda norte-americana caía a 108,15 ienes, de 108,25 ienes também no fim da tarde de ontem.