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Juros longos recuam com confirmação de ministros

27/11/2014 17h22

São Paulo - As taxas de juros futuras intermediárias e longas terminaram com ligeira queda, após a oficialização de Joaquim Levy, para o Ministério da Fazenda, e Nelson Barbosa, no Planejamento, nesta tarde de quinta-feira, 27. As taxas de curto prazo receberam suporte das apostas de aumento de 0,50 ponto porcentual da Selic na semana que vem e fecharam com ligeira alta. A liquidez também foi menor devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA, que manteve os mercados norte-americanos fechados.

Os juros futuros registraram uma negociação calma pela manhã. Na ponta mais longa da curva, as taxas começaram os negócios em alta, tentando corrigir as quedas recentes, mas, durante a tarde, as taxas dos DIs com prazos intermediários e longos perderam força e bateram mínimas na sessão. À tarde, as taxas não sofreram muito impacto das entrevistas dos ministros confirmados para a equipe econômica, uma vez que o mercado já estava no call de fechamento quando a coletiva teve início.

No pronunciamento após ser oficializado no Ministério da Fazenda, Levy afirmou que não há nenhuma medida imediata para ser anunciada pela nova equipe econômica. "Algumas coisas estão sendo discutidas, no caminho de reduzir despesas", disse, acrescentando que não se pensa em pacotes. "Temos que olhar todas as despesas que forem possíveis. É um trabalho de reequilíbrio da economia e que envolve diversos instrumentos", disse. Segundo ele, o objetivo imediato é estabelecer uma meta de superávit para os três próximos anos. "Em 2015 deve se trabalhar com meta de superávit de 1,2% e a meta para 2016 e 2017 não será menor do que 2%", ressaltou o ministro.

Já Nelson Barbosa afirmou, na mesma entrevista coletiva à imprensa, que vai trabalhar para "o crescimento da economia brasileira, o controle rigoroso da inflação, a estabilidade fiscal e a geração de emprego". Ele disse que terá como "desafio mais imediato" a adequação do projeto orçamentário de 2015 a "um novo cenário macroeconômico". De acordo com ele, isso implicará a "elevação gradual do resultado primário", meta já apontada por Levy antes.

No fim do pregão regular na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2015 (20.815 contratos) apontava taxa 11,445%, de 11,428% no ajuste de ontem. A taxa do DI para julho de 2015 (45.705 contratos) indicava 12,09%, de 12,12% no ajuste da véspera. O DI para janeiro de 2016 (97.270 contratos) tinha taxa de 12,33%, ante 12,34%. O DI para janeiro de 2017 (79.575 contratos) projetava 12,07%, ante 12,10%. No trecho mais longo, o contrato com vencimento em janeiro de 2021 (87.395 contratos) tinha taxa de 11,63%, de 11,65% na véspera.