Países pressionam Indonésia na ONU contra execuções
A decisão da Indonésia de aplicar a pena de morte contra traficantes de drogas do Brasil, da Austrália e de outros países se transformou em um enfrentamento diplomático na quarta-feira (4), nas Nações Unidas (ONU), em Genebra.
Governos trocaram acusações e escancararam profundas divergências. O Brasil saiu em defesa de uma moratória mundial à pena de morte, com apoio da Europa, América Latina e Austrália.
Já a Indonésia rejeitou qualquer ingerência em seu sistema legal, alertou que a soberania precisa ser respeitada e teve apoio de 24 países, como Cingapura e Arábia Saudita.
O debate aconteceu durante o Conselho de Direitos Humanos da ONU.
No mesmo momento, a Indonésia transferia para uma prisão na ilha de Nusakambangan dois australianos que serão executados por terem sido pegos em Bali, em 2005, com 8 quilos de heroína. Ainda não há data para aplicação da pena.
O brasileiro Rodrigo Gularte, diagnosticado com esquizofrenia, também aguarda definição sobre a data.
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