CUT diz que parlamentares "começaram a amarelar" sobre terceirização
Hoje a Câmara limitou o texto do PL, impedindo a terceirização de atividades-fim (grande ponto de discórdia) em empresas estatais ou de capital misto, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Algumas centenas de manifestantes se concentram na calçada. Há dois caminhões de som estacionados. Um grupo chegou gritando palavras de ordem, como "trabalhador em união, diga não à terceirização".
Há cartazes contra o deputado Paulinho, do Solidariedade. Manifestantes ligados à Central Única dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) acusam o parlamentar de ter começado a carreira política ao lado dos trabalhadores e de hoje virar-lhes as costas. "Ele foi um dos principais mentores e articuladores no Congresso pela aprovação do projeto. Uma pena, mas a máscara vai caindo. Ele deve ter tido dinheiro dos patrões na campanha e eles estão agora mandando a fatura", disse à reportagem Marcelo Toledo, militante da CTB que carregava uma das placas com dizeres "Paulinho: solidariedade só se for aos patrões" e a foto do deputado.
Os sindicalistas acusam o projeto de beneficiar patrões, precarizar condições de trabalho e de tentar enfraquecer os sindicatos.
Militantes da CTB consultados pela reportagem disseram receber uma ajuda de custo de R$25 a R$30 para estarem na manifestação. Já os militantes da CUT disseram não ter recebido qualquer ajuda financeira.
Os militantes pretendem ficar na Paulista até a noite, quando uma manifestação organizada pelo MTST deve ir ao encontro deles e engrossar o protesto contra o PL 4330 e contra pautas "conservadoras" como a redução da maioridade penal. O MTST espera reunir 30 mil pessoas na manifestação de que, que vai sair no fim da tarde do Largo da Batata, na zona oeste, em caminhada até a Paulista.
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