Quatro comunidades cariocas registram tiroteios; uma pessoa morreu
Rio de Janeiro - Quatro favelas do Rio que contam com ocupação permanente de forças de segurança registraram confrontos com traficantes de drogas entre a noite de sábado, 16, e a manhã deste domingo, 17. No Morro da Mangueira, na zona norte, que tem uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), o comerciante Alexandre Oliveira, de 36 anos, que saía para o trabalho, morreu, por volta das 21 horas do sábado, na porta de casa, diante de duas filhas, de seis e três anos. Oliveira foi atingido na cabeça por um tiro depois de se despedir das crianças.
A família do comerciante está revoltada, disse que o socorro foi demorado e que pretende processar o Estado. Ele tinha outros dois filhos e sua mulher está grávida do quinto. A casa de Oliveira fica em frente a um contêiner da UPP e segundo a polícia, traficantes que resistem à presença da UPP enfrentaram os PMs, daí o tiroteio. Ninguém foi preso.
No sábado pela manhã, na Vila dos Pinheiros, no Complexo da Maré, na zona norte - de onde as Forças Armadas, depois de ocupação de um ano, estão saindo gradualmente para dar lugar à PM -, um morador ficou ferido numa troca de tiros com traficantes. Militares informaram que faziam patrulhamento de rotina quando foram atacados. Não foram divulgadas informações sobre a vítima, apenas que o tiro teria sido disparado por um criminoso. A substituição de 3.300 militares pela PM começou no dia 1º de abril e vai até 30 de junho.
Na Rocinha, na zona sul, que conta com uma UPP, moradores se assustaram com intenso tiroteio por volta das 9h30 deste domingo. Segundo a UPP, policiais foram atacados por criminosos. Ninguém foi preso.
No Complexo do Alemão, na zona norte, que também possui UPP, foi ouvida troca de tiros pela manhã. A polícia afirma que os traficantes provocaram o embate. Não foram divulgadas informações sobre feridos nem sobre prisões.
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