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Em defesa prévia de Levy, Dilma diz que é injusto e errado tratá-lo como 'judas'

Dilma (à dir.) falou após pedalar por 45 minutos nas redondezas do Palácio da Alvorada - Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Dilma (à dir.) falou após pedalar por 45 minutos nas redondezas do Palácio da Alvorada Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Em Brasília

08/06/2015 07h22

A presidente Dilma Rousseff disse neste domingo (7) ao jornal "O Estado de S. Paulo" que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não pode ser transformado em um "judas" por causa das medidas impopulares do ajuste fiscal.

Trata-se de uma defesa prévia das críticas contra o titular da Fazenda que o PT planeja lançar a partir de quinta-feira (11), ao promover o 5º Congresso do partido, em Salvador.

"Não se pode fazer isso, criar um judas. Isso é mais fácil. É bem típico e uma forma errada de resolver o problema", afirmou Dilma em um café da manhã após pedalar por 45 minutos nas redondezas do Palácio da Alvorada com a reportagem do jornal.

Na conversa, a presidente tratou de temas em debate no Congresso, como a revisão da desoneração da folha salarial de setores econômicos e a terceirização.

Segundo Dilma, a desoneração "é fundamental para o país porque reduz perdas fiscais." A presidente disse não ser contra a terceirização, mas que é necessário ter cuidado para que ela não aumente a informalidade no mercado de trabalho. Afirmou, ainda, que não há crise entre o Planalto e o Congresso.

Questionada sobre o escândalo da Petrobras, Dilma disse que a estatal virou a página na crise e recuperou a capacidade de produzir. A presidente afirmou ser contra a redução da maioridade penal, assunto que também está na pauta do Congresso.

"Eu não sou a favor por um motivo muito simples: onde ocorreu, ficou claro que isso não resultava em proteção aos jovens", disse.

Dilma também fez comentários sobre o escândalo de corrupção que atingiu a Fifa. Para a presidente, "quem tiver de ser punido, que seja". Ela afirmou, porém, não acreditar que as denúncias cheguem ao evento realizado no Brasil. "Não precisamos pagar ninguém para trazer a Copa para cá", afirmou.