Tarcísio escolhe advogado Mauro Caseri como novo ouvidor das polícias de SP

O advogado Mauro Caseri, 65, foi escolhido pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) como o novo ouvidor da Polícia de São Paulo.

O que aconteceu

Nomeação dele foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quarta-feira (18). Ele vai assumir o cargo por dois anos. Tarcísio tinha até o dia 23 para indicar o novo nome para o órgão.

Nome de Mauro estava na lista tríplice enviada pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana ao governador em novembro. Ele trabalha como chefe de gabinete no escritório do atual ouvidor das polícias de São Paulo, Cláudio Silva. A lista também era composta pelo advogado Valdison da Anunciação e pelo atual ouvidor.

Quem é Mauro Cesari. O advogado é especializado na área de infância e juventude e já presidiu o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de São Paulo. Em entrevista antes da escolha para o cargo, ele afirmou que decidiu concorrer após "longa conversa" com o atual ouvidor, Cláudio Silva.

Advogado afirmou que defende "causa dos desvalidos, desfavorecidos". Em carta de apresentação ao ser indicado para a lista tríplice, ele citou ampla experiência em administração pública, principalmente com mulheres que saíram do sistema carcerário. Ele também afirmou que tem 50 anos de residência na região do Glicério, no centro da capital paulista.

Novo ouvidor vai assumir em meio à criação de possível "ouvidoria paralela" do secretário Guilherme Derrite. No fim de novembro, o Diário Oficial do Estado publicou a resolução que cria a Ouvidoria da Secretaria da Segurança Pública. Para a Ordem dos Advogados do Brasil, o novo órgão, iria se sobrepor à função da atual ouvidoria. Em nota, a SSP disse que a medida ainda seria avaliada pela Corregedoria Geral do Estado e que a entidade terá atuação independente.

Escândalos recentes envolvendo as polícias também devem guiar mandato do novo ouvidor. A nomeação de Mauro ocorre um dia após a prisão de um delegado e quatro investigadores da Polícia Civil por suspeita de ligação com o PCC e no mesmo mês em que uma série de ações violentas de policiais militares foi gravada e compartilhada nas redes sociais. Em uma delas, um homem foi jogado de cima de uma ponte.

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