Partidos aliados divulgam nota de apoio a Dilma e a Temer
Após reunião no gabinete da vice-presidência da República, líderes e dirigentes de partidos da base aliada assinaram nota na qual manifestam apoio à presidente Dilma Rousseff e ao vice-presidente Michel Temer. Pedem "compromisso com a legalidade democrática" e se dizem "convictos" de que os argumentos sobre a legalidade das contas do governo da petista referentes a 2014 "serão acolhidos" pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
"Fizemos manifestação explícita, assinada por todos os líderes presentes e presidentes de partidos, em defesa da legalidade, da vontade popular e, evidentemente, dos mandatos da presidente Dilma e do vice-presidente Michel Temer", disse o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE).
Na avaliação do presidente nacional do PT, Rui Falcão, a nota reafirma o apoio da base a Dilma, a Temer e ao "respeito inarredável à Constituição, à vontade popular manifestada nas urnas e ao compromisso com a legalidade democrática". "Não há crise política nenhuma, as instituições estão funcionando regularmente", comentou Falcão, ao deixar o gabinete do vice-presidente.
O documento foi referendado por representantes do PT, PMDB, PDT, Pros, PRB, PCdoB, PR e PSD. O manifesto de apoio a Dilma e a Temer foi divulgado no dia seguinte a uma reunião realizada no Palácio da Alvorada na qual os ministros Luís Inácio Adams (Advocacia-Geral da União) e Nelson Barbosa (Planejamento) fizeram uma defesa prévia das contas do governo do ano passado, que correm o risco de serem reprovadas pelo TCU. Auxiliares de Dilma temem que uma eventual rejeição do balanço possa desencadear a abertura de um processo de impeachment no Congresso.
"Há tudo para que os argumentos (do governo) sejam acolhidos", reforçou Falcão. Além do mais, no final de semana, o PSDB encampou a tese de que o mandato de Dilma deve ser encurtado e novas eleições realizadas antes de 2018.
"É uma tentativa de fortalecer o projeto. A nota é para responder para a sociedade: a base não vai pactuar nem vacilar na defesa da democracia. Aécio (Neves, presidente do PSDB) é o porta-voz do golpe, tem se caracterizado como o porta-voz do golpe. Deveria pelo menos honrar a história do seu avô", rebateu Guimarães.
O aumento da pressão em direção a um eventual processo de impeachment contra Dilma motivou uma reação do governo. Na nota divulgada hoje, as legendas da base também saúdam a edição da Medida Provisória que criou o PPE (Programa de Proteção ao Emprego).
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