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Pezão estima deficit de R$ 11 bi em 2016 e avalia entregar Orçamento no vermelho

Pezão estima um deficit de R$ 11 bilhões no Orçamento do Rio de Janeiro em 2016 - Marcelo Camargo - 30.jul.2015/Agência Brasil
Pezão estima um deficit de R$ 11 bilhões no Orçamento do Rio de Janeiro em 2016 Imagem: Marcelo Camargo - 30.jul.2015/Agência Brasil

No Rio

02/09/2015 18h59

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), avalia a possibilidade de enviar para a Alerj (Assembleia Legislativa do Estado) o Orçamento de 2016 com previsão de deficit, como fez a presidente Dilma Rousseff com o projeto de lei orçamentário enviado ao Congresso na segunda-feira (31). Pezão estima um deficit de R$ 11 bilhões em 2016.

A decisão sobre o Orçamento será tomada pelo governador depois de uma série de reuniões com secretários, Ministério Público, Tribunal de Justiça e Tribunal de Contas do Estado. O primeiro encontro acontecerá nesta quinta-feira (3). O Orçamento será enviado ao Legislativo no dia 30 de setembro. "Vamos discutir esses números, quero mandar (o Orçamento de 2016) mais realista possível", afirmou o governador nesta quarta-feira (2).

Pezão lembrou que a forte queda na arrecadação com royalties do petróleo comprometeu seriamente as contas do Estado este ano e o quadro deve se repetir ano que vem. O deficit este ano chegou a R$ 13,5 bilhões e agora está em R$ 2,5 bilhões. "Acho muito difícil que não tenha deficit, porque acho que o preço do barril de petróleo não se recupera. Mas quero o mínimo possível de deficit. Estou vendo as possibilidades. Resolvemos R$ 11 bilhões em oito meses, em uma economia paralisada. Tenho ainda quatro meses para correr atrás de R$ 2,5 bilhões", disse o governador.

Uma das alternativas em estudo no Governo do Rio de Janeiro para melhorar as contas de 2016 é a venda da dívida ativa do Estado. "A venda da dívida ativa é uma política em que estamos colocando muita esperança para reduzir nosso déficit do ano que vem. Mas temos que fazer uma projeção de como vai se comportar o preço do barril do petróleo", afirmou Pezão.