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Por moradia, grupo monta barracas na frente da Prefeitura de SP

Cerca de 200 moradores de quatro ocupações protestaram diante da prefeitura - Werther Santana/Estadão Conteúdo
Cerca de 200 moradores de quatro ocupações protestaram diante da prefeitura Imagem: Werther Santana/Estadão Conteúdo

Em São Paulo

16/09/2015 12h57

Cerca de 200 moradores de quatro ocupações participam na manhã desta quarta-feira (16) de um protesto em frente à Prefeitura de São Paulo para reivindicar habitação. Os manifestantes montaram barracas e esperam ser recebidos pelo prefeito Fernando Haddad (PT) no viaduto do Chá.

Dois membros do grupo subiram até o sétimo andar do edifício Matarazzo e interromperam o discurso de Haddad com uma faixa pedindo moradia. Eles se posicionaram diante da plateia e chamaram a atenção do prefeito.

"Onde vocês estão?", quis saber Haddad. Os manifestantes contaram que ocupam uma área na avenida Parapuã, na Brasilândia, zona norte de São Paulo. São cerca de 400 famílias morando no local, que tem reintegração de posse marcada para o dia 6 de outubro.

"Vocês são bem-vindos", disse o prefeito. Os dois pediram desculpas pela interrupção e foram aplaudidos por quem estava no auditório.

Organizado pela Frente de Luta por Moradia (FLM), o protesto reúne quatro movimentos: Ocupação Prestes Maia, no Bom Retiro, com 400 famílias; um prédio na avenida São João, na região central, com 90 famílias; a ocupação do hotel Cambridge, também no centro, com 170 famílias; e um quarto, que envolve um grupo de 400 famílias de Parapuã e do Imirim, no bairro de mesmo nome, com 300 famílias.

A reintegração de posse de quatro locais está prevista para ocorrer nas próximas semanas. O hotel Cambridge já foi desapropriado pela prefeitura, mas os moradores pedem que o prédio fique com quem ocupou. A prefeitura pretende transformar o edifício em moradias populares, que receberiam famílias de acordo com a ordem prevista na fila de habitação.