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Advogado de suspeito de estupro coletivo diz que vítima estava "superconsciente"

Raí de Souza se entregou à polícia e está preso por suspeita de envolvimento no estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos - Marcelo Theobald/Extra/Ag. Globo
Raí de Souza se entregou à polícia e está preso por suspeita de envolvimento no estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos Imagem: Marcelo Theobald/Extra/Ag. Globo

31/05/2016 13h52

Raí de Souza, preso por envolvimento no estupro de uma adolescente de 16 anos, na zona oeste do Rio de Janeiro, disse que a vítima estava "superconsciente" no momento da ação, segundo relato do advogado do suspeito, Alexandre Santana.

O defensor reafirmou sua versão de que Raí teria tido relações sexuais com a jovem de maneira "consensual", horas antes da gravação da filmagem divulgada nas redes sociais.

O vídeo mostra um homem manipulando por alguns momentos as partes íntimas da jovem nua. Também é possível ouvir risadas e uma música em ritmo de rap, cantada por um dos homens presentes.

Questionado pela imprensa, nesta terça-feira (31), sobre como a menina não teria acordado nesse cenário, Santana disse que o cliente atribuiu esse fato ao "cansaço". "Passou o tempo todo no baile funk, né?", declarou Santana.

O advogado disse que Raí teria chegado ao local do crime, chamado nos depoimentos de "abatedouro", com a jovem, o outro suspeito, também preso, Lucas Perdomo Duarte dos Santos, e a amiga Joyce, 18, por volta das 7h de domingo (22).

Segundo a versão, o vídeo foi gravado em torno das 10h, pelo celular de Raí. Santana disse que a gravação não foi feita pelo suspeito, mas por um traficante identificado apenas por Jeferson, o "Jefinho".

Raí tinha saído do quarto para pedir um mototáxi, quando Jefinho pegou o celular dele no quarto e fez a gravação. Raí chegou no fim da filmagem, quando estavam cantando um rap. A risada que se houve neste momento é de Raí, "mas ele estava rindo de outra coisa", disse o advogado.

Lucas e Raí, presos na Cidade da Polícia (sede das delegacias especializadas da Polícia Civil), deverão prestar novos depoimentos nesta terça. A delegada Cristiana Bento, presidente do inquérito que tramita na DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima), disse que vai no início desta tarde à Cidade da Polícia.

Quatro suspeitos de participar do estupro ainda estão foragidos. A delegada quer ouvir um sétimo suspeito. Segundo o advogado Santana, seria Jefinho. Santana esteve na Cidade da Polícia a pedido da família de Raí, que teme agressões contra ele.

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