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PM do Rio troca comandos após casos de violência contra crianças

10.jul.2017 - Operação do Bope na Cidade de Deus terminou com 2 mortos e feridos - Marcio Alves/Agência o Globo
10.jul.2017 - Operação do Bope na Cidade de Deus terminou com 2 mortos e feridos Imagem: Marcio Alves/Agência o Globo

Constança Rezende

Rio de Janeiro

12/07/2017 11h52

A Polícia Militar do Rio anunciou que trocou três cargos estratégicos da corporação, nesta quarta-feira (12), depois de episódios dramáticos de violência envolvendo crianças, como o caso do bebê Arthur, baleado dentro do útero da mãe. Os cargos trocados foram os de chefias do Estado Maior, da Corregedoria Interna e do Comando de Operações Especiais.

O coronel Lúcio Flávio Baracho foi escolhido para ocupar o cargo de chefe do Estado Maior, em substituição ao coronel Cláudio Lima Freire. Ele terá como uma das atribuições organizar as operações policiais. Baracho estava à frente do 6º Comando de Policiamento de Área --unidade da PM que cuida da segurança nas regiões norte e noroeste do Rio. Freire ocupava a função desde novembro de 2014.

Questionada sobre o que motivou a troca, a PM respondeu apenas que "a troca de chefia representa a chegada de um novo oficial para ocupar uma função exaustiva e de imensa responsabilidade".

Já o coronel Wanderby Braga de Medeiros assumirá a Chefia da Corregedoria Interna da PM no lugar do coronel Welste da Silva Medeiros.

No Comando de Operações Especiais, estará o coronel Marcelo Nogueira para substituir o coronel Wilman Renê Gonçalves Alonso.

Em nota publicada no site da PM, nesta quarta, o comandante-geral da PM, coronel Wolney Dias disse que "outras mudanças ocorrerão".

"[Mudanças] Fazem parte de um processo de renovação natural e permanente na estrutura da nossa Polícia Militar. Especialmente na atividade policial militar, marcada por uma carga de estresse muito grande, a experiência tem nos mostrado que a troca de comando produz efeitos positivos aos oficiais envolvidos, à corporação e, em última instância, à população que conta com a nossa capacidade de trabalho para protegê-la", disse.