Itália prende empresário por morte de brasileira
O dono da empresa Alpi Aviation do Brasil, Claudio Grigoletto, foi preso nesta terça-feira (3) na Itália pela morte da brasileira Marilia Rodrigues Silva Martins, de 29 anos, cujo corpo foi encontrado no escritório da companhia, em Gambara.
Grigoletto, titular da Alpi Aviation do Brasil e responsável por oferecer o emprego à jovem, foi interrogado durante toda a madrugada.
Sua prisão foi pedida pelo Ministério Público e está sendo investigado por homicídio agravado, tentativa de ocultação de cadáver e de aborto.
"Claudio Grigoletto foi preso, mas não confessou [os crimes]", disse o comandante regional da polícia de Brescia, Giuseppe Spina.
Segundo o procurador de Brescia, Fabio Salamone, o dono da Alpi Aviation do Brasil teria matado a brasileira porque seria o pai da criança que a jovem estava esperando. "Ele quis eliminar o problema para salvar seu próprio casamento", disse o procurador.
Grigoletto chegou a criar uma conta falsa de e-mail para atribuir a uma outra pessoa uma suposta relação com a brasileira.
Salamone informou ainda que Marilia foi "estrangulada, mas pode ter morrido por respirar gás". "Não queremos condenar nem incriminar ninguém. Não há uma confissão, mas uma situação com vários indícios", disse Salamone, ressaltando que o interrogatório de Grigoletto foi marcado por uma série de contradições.
Ontem, a autópsia no corpo da jovem comprovou que ela foi vítima de homicídio. Marilia foi encontrada morta na última sexta-feira, dentro do escritório em que trabalhava.
Ela estaria grávida de cinco meses e seu corpo tinha ferimentos na nuca e no rosto. O escritório também continha um forte odor de gás.
A jovem trabalhava para a empresa Alpi Aviation do Brasil, que tem sede em Gambara e atua na área de compra e venda de aeronaves e helicópteros ultraleves.
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