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Jovem é preso após se passar por assessor político

24/10/2014 15h03

MADRI, 24 OUT (ANSA) - Um jovem de 20 anos conseguiu enganar empresários, políticos e todo o governo espanhol, incluindo a monarquia, e levava uma vida de luxo, infiltrando-se em eventos de alto nível da elite do país e dando golpes milionários. O roteiro, que parece com o filme 'Prenda-me se for capaz', ocorreu na Espanha e agora está sendo investigado pelas autoridades.   

O Frank Abagnale da vez é Francisco Nicolás Gómez Iglesias, que se fazia passar por assessor do governo e chegou até a ser um dos dois mil convidados para a cerimônia de coroação do novo rei espanhol, Felipe VI. Entre as peripécias do jovem, está uma visita à área VIP do estádio Santiago Bernabeu, onde foi fotografado ao lado do mito Alfredo di Stefano. Ele ainda chegou a se passar por 'testa de ferro' do rei Felipe VI para dar golpes em empresários, que renderam 65 mil euros.   

Além disso, ele fez inúmeras propostas fraudulentas para empresários dizendo ter contatos com membros da família real.   

Iglesias postava nas redes sociais as fotos que conseguia com personagens influentes como o Felipe VI, o ex-presidente José Maria Aznar e o rei Juan Carlos.   

As autoridades começaram a desconfiar do rapaz após uma fonte afirmar que ele não era o agente secreto que dizia ser. O jovem viajava em veículos luxuosos e, segundo o presidente do sindicato "Mãos Limpas", Miguel Bermad, ele afirmava que os carros eram aqueles utilizados para os dias de caça do rei Juan Carlos. Bermad ainda destacou que ele queria que o processo contra a infanta Cristina por corrupção.   

Há uma semana, Iglesias foi preso - e posteriormente solto - e terá que responder a um processo por fraude e falsidade ideológica. Ele também será julgado por cobrar uma "comissão" de 30 mil euros para se passar por assessor da vice-presidente do país, Soraya Sáenz de Santamaria.   

A juíza que abriu o caso afirmou que "não consigo compreender como um jovem de 20 anos, com suas meras palavras (...) possa fazer conferências, lugares e atos sem alertar nenhuma autoridade". (ANSA)
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