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Terremotos na Itália deixam 20 mil estudantes sem escolas

08/11/2016 12h23

ROMA, 8 NOV (ANSA) - Após a onda de terremotos que atingiu a região central da Itália e deixou cerca de 100 instituições de ensino fechadas e quase 20 mil estudantes sem aulas, os prefeitos das cidades afetadas lançaram um apelo para "não serem abandonados".   

Durante o segundo encontro institucional organizado pela Associação Nacional das Comunas Italianas (ANCI), o prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi, afirmou ter uma sensação de "abandono" durante a tentativa de reconstrução de Amatrice.   

Em rebate, a presidente da Câmara dos Deputados, Laura Boldrini, reafirmou a promessa de reconstruir tudo como antes.   

"Confirmamos nosso compromisso, não vamos deixá-lo sozinho e vamos fazer de tudo para manter viva a atenção geral".   

O terremoto do dia 24 de agosto que atingiu a região de Lazio e de Marcas deixou mais de 290 mortos nas cidades de Amatrice, Accumoli, Arquata e Pescara del Tronto. Porém os danos estruturais atingiram toda a província de Rieti e também a região de Norcia. Além disso, a região central da Itália tem sofrido com centenas de réplicas, que continuam provocando danos.   

A situação dos edifícios escolares estão catastróficas. De acordo com as pesquisas em andamento nas quatro regiões, estima-se que quase 600 prédio foram afetados, sendo que 90 estão inabitáveis parcial ou totalmente.   

Ao menos 20 mil estudantes estão sem locais apropriados para estudar. Nas instituições na costa do mar Adriático, foram criadas salas de aula para acomodar 7,8 mil crianças. Já na região de Abruzzo foram danificadas 268 escolas. Em Úmbria, 50 escolas estão inabitáveis, enquanto na região de Lazio há oito.   

O encontro para discutir sobre as melhorias e reconstruções das cidades e escolas atingidas pelo forte tremor resultou em um debate político entre os prefeitos. "Tenho a sensação de que alguém está saindo, e isso seria grave porque não queremos ser apenas uma vila cartão-postal", disse Pirozzi.   

Em resposta ao desespero dos prefeitos, o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, aproveitou para dizer que não abandonará as cidades. "Prefeitos de Amatrice, Norcia, Camerino e Macerata, eu digo que nós não vamos deixar vocês e vamos trabalhar juntos para reconstruir esse territórios", ressaltou. (ANSA)
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