Hungria aprova lei mais rígida para requisição de asilo
Apesar de críticas internacionais, o Parlamento húngaro aprovou nesta segunda-feira (06/07) uma legislação mais rígida para a requisição de asilo no país. A proposta prevê acelerar o processo de análise dos pedidos e a rejeição de solicitações de migrantes vindos da Síria, Afeganistão e Iraque que passaram por outros países "seguros" antes de chegar à Hungria.
A nova lei estabelece também o cancelamento de pedidos de refugiados que deixarem suas residências por mais de 48 horas sem autorização oficial e estende o prazo de detenção em acampamentos temporários. Além disso, a proposta inclui a construção de uma cerca de 175 quilômetros de comprimento e quatro metros de altura na fronteira com a Sérvia para impedir a entrada de imigrantes.
"A Hungria está sendo confrontada com a maior onda de migrantes da sua história, as capacidades estão sobrecarregadas em 130%", afirmou o ministro do Interior Sandor Pinter, pouco antes da votação.
A nova legislação foi aprovada pela grande maioria do Parlamento, 151 parlamentares votaram a favor da proposta e apenas 41 se manifestaram contrários, apesar das duras críticas internacionais.
As Nações Unidas e o Conselho da Europa afirmaram que a mudança na lei colocaria em risco os migrantes. Na sexta-feira, o comissário europeu de Direitos Humanos, Nils Muiznieks, disse que a alteração seria "um golpe duro" contra a proteção aos refugiados, considerada "uma das conquistas mais importantes das sociedades democráticas".
O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban atribuiu "más condutas" ao crescente número de imigrantes, principalmente, aqueles que deixam seus países por questões econômicas, afirmando que eles "podem aumentar e induzir a multiplicação da migração em massa".
O governo de direita de Orban é contrário a imigração e crítico dos planos da Europa de introduzir um sistema de cotas de refugiados. Cerca de 70 mil migrantes chegaram ao país somente neste ano, a maioria entrou pela fronteira sérvia.
CN/dpa/afp/rtr/ap/kna
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.