Mau tempo impede início da retirada de combustível do Costa Concordia
O mau tempo que afeta a Itália suspendeu o início da retirada das 2,3 mil toneladas de combustível armazenadas nos tanques do cruzeiro Costa Concordia, encalhado desde o dia 13 de janeiro em frente à ilha de Giglio.
A empresa holandesa Smit e a italiana Neri, responsáveis pela remoção do combustível, tinham previsto começar a extração em 28 de janeiro, mas a forte onda de frio que atinge o local há dias não permitiu nem mesmo terminar as tarefas de preparação dos tanques e não há previsão para as equipes se aproximarem do navio novamente.
O mau tempo interrompeu ainda as tarefas de busca dos 15 desaparecidos após o naufrágio que, por enquanto, deixou 17 vítimas.
"Suba a b-o-r-d-o!"; ouça diálogo no momento do acidente do navio
Diante da ameaça de possíveis derramamentos, as operações de perfuração dos seis tanques, onde são armazenados 50% do combustível, haviam sido iniciadas e a previsão era esvaziá-los em três semanas. No entanto, ainda há um tanque intacto.
A proteção civil informou que não existe risco de comprometer a estabilidade da embarcação, e a Agência Regional para a Proteção do Meio Ambiente da Toscana (ARPAT) explicou que não foram registrados "fenômenos significativos de poluição" do mar.
No domingo, o prefeito da ilha de Giglio, Sergio Ortelli, pediu a retomada dos trabalhos o mais rápido possível, não só pela possibilidade de poluição, mas também pela proximidade da temporada turística, principal atividade econômica da localidade.
Esse novo revés na remoção do combustível preocupa os moradores de Giglio, já que as tarefas para eliminar o cruzeiro só poderão ser iniciadas quando os tanques forem esvaziados completamente.
O responsável da Defesa Civil italiana, Franco Gabrielli, calculou que serão necessários de sete a dez meses para remover o cruzeiro Costa Concordia do litoral.
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