Especialistas descartam saída em massa de cubanos com reforma migratória
Miami (EUA), 12 jan (EFE).- A reforma que entra em vigor na segunda-feira em Cuba, flexibilizando viagens ao exterior, não garante que haverá migração em massa de cubanos para Miami, mas deverá ser uma transferência clara de pressão para os Estados Unidos, segundo analistas e exilados.
"Em Miami logo vai se notar. Isso podermos estar certos", disse à Agência Efe, Jaime Suchlicki, responsável do Projeto sobre Transição em Cuba do Instituto para Cubanos e Cubano-Americanos da Universidade de Miami.
A reforma migratória cubana permitirá aos cubanos viajar ao exterior sem necessidade da restritiva permissão de saída, que esteve vigente durante décadas. Além disso, flexibiliza movimentos de residentes e emigrados, embora sejam mantidas algumas limitações.
De acordo com a nova norma, só será exigida a apresentação do passaporte corrente atualizado e o visto do país de destino para sair de Cuba.
Na opinião de Suchlicki, "está claro que os cubanos vão fazer filas nas diversas embaixadas do país e vão descobrir que não darão muitos vistos aos cubanos".
"A Espanha dará 100 ou 200 vistos por ano, o México 50. Quantidades todas muito pequenas, portanto a possibilidade de que vejamos grandes quantidades de cubanos saindo do país não é realista", defendeu o analista.
Os EUA têm um acordo com o Governo de Cuba para conceder 20 mil vistos permanentes por ano, mas "dá muito poucos vistos de turista, e, inicialmente, não vai a começar a fazer isso, para que venham todos a Miami", defendeu Suchlicki.
O analista aponta que poderão sair os que "tem família em Miami e que podem mandar dólares para comprar um passaporte e uma passagem".
Suchlicki, como outros analistas consultados pela Efe, considera que o efeito mais claro, fora de Cuba, desta medida vai a ser "a pressão nas embaixadas de pessoas pedindo vistos".
Inclusive, o pesquisador considerou que este poderia ser o primeiro passo para que os Estados Unidos aplicassem mudanças em sua política de migração, com a respeito de Cuba, chegando até a eliminar a lei que permite ficar legal todo cubano que toque a terra quando chega por mar.
"Acho que, basicamente, não vai acontecer nada extraordinário. O problema já não será sair, mas entrar", afirmou Eugenio Yáñez, analista e editor do site "Cubanalisis.com". O especialista que também acha que poucos países receberão os cubanos.
"Com um passaporte americano posso ir quase a qualquer lugar, mas com um cubano não. Nem aos EUA, nem à União Europeia nem a muitos países da América Latina, com exceção do Equador ou Venezuela", comentou.
Janisset Rivero, diretora do Diretório Democrático, explicou à Efe em Miami que seguirá sendo requerido no passaporte, um selo de aprovação do Ministério do Interior, que "permitirá ao regime impedir a saída dos opositores".
"Em Miami logo vai se notar. Isso podermos estar certos", disse à Agência Efe, Jaime Suchlicki, responsável do Projeto sobre Transição em Cuba do Instituto para Cubanos e Cubano-Americanos da Universidade de Miami.
A reforma migratória cubana permitirá aos cubanos viajar ao exterior sem necessidade da restritiva permissão de saída, que esteve vigente durante décadas. Além disso, flexibiliza movimentos de residentes e emigrados, embora sejam mantidas algumas limitações.
De acordo com a nova norma, só será exigida a apresentação do passaporte corrente atualizado e o visto do país de destino para sair de Cuba.
Na opinião de Suchlicki, "está claro que os cubanos vão fazer filas nas diversas embaixadas do país e vão descobrir que não darão muitos vistos aos cubanos".
"A Espanha dará 100 ou 200 vistos por ano, o México 50. Quantidades todas muito pequenas, portanto a possibilidade de que vejamos grandes quantidades de cubanos saindo do país não é realista", defendeu o analista.
Os EUA têm um acordo com o Governo de Cuba para conceder 20 mil vistos permanentes por ano, mas "dá muito poucos vistos de turista, e, inicialmente, não vai a começar a fazer isso, para que venham todos a Miami", defendeu Suchlicki.
O analista aponta que poderão sair os que "tem família em Miami e que podem mandar dólares para comprar um passaporte e uma passagem".
Suchlicki, como outros analistas consultados pela Efe, considera que o efeito mais claro, fora de Cuba, desta medida vai a ser "a pressão nas embaixadas de pessoas pedindo vistos".
Inclusive, o pesquisador considerou que este poderia ser o primeiro passo para que os Estados Unidos aplicassem mudanças em sua política de migração, com a respeito de Cuba, chegando até a eliminar a lei que permite ficar legal todo cubano que toque a terra quando chega por mar.
"Acho que, basicamente, não vai acontecer nada extraordinário. O problema já não será sair, mas entrar", afirmou Eugenio Yáñez, analista e editor do site "Cubanalisis.com". O especialista que também acha que poucos países receberão os cubanos.
"Com um passaporte americano posso ir quase a qualquer lugar, mas com um cubano não. Nem aos EUA, nem à União Europeia nem a muitos países da América Latina, com exceção do Equador ou Venezuela", comentou.
Janisset Rivero, diretora do Diretório Democrático, explicou à Efe em Miami que seguirá sendo requerido no passaporte, um selo de aprovação do Ministério do Interior, que "permitirá ao regime impedir a saída dos opositores".
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