Promotor argentino considera "canalhice" vincular novo papa com a ditadura
Buenos Aires, 16 mar (EFE).- O ex-promotor argentino, Julio Strassera, conhecido por seu trabalho no histórico julgamento das juntas militares, afirmou neste sábado que é "uma canalhice" vincular o papa Francisco com a última ditadura argentina (1976-1983).
"Tudo isto é uma canalhice, absolutamente falso, em todo o julgamento não houve uma só menção a (Jorge) Bergoglio", declarou Strassera a "Rádio Mitre", em referência ao julgamento das juntas militares no qual atuou como promotor em 1985.
Após a eleição de Bergoglio como papa, organizações de direitos humanos denunciaram o papel da Igreja na ditadura e lembraram que o cardeal argentino depôs como testemunha em duas causas por delitos de lesa-humanidade.
Para Strassera, as acusações estão motivadas porque nem a presidente argentina, Cristina Kirchner, nem seus partidários "podem suportar que alguém a quem desprezaram antes esteja acima deles".
"Você sabe que perante o papa se inclinam todos e (Cristina) terá que inclinar-se porque Bergoglio demonstrou uma grande fidalguia ao recebê-la pessoalmente, depois dos desprezos que os Kirchner fizeram", opinou o ex-promotor.
O sumo pontífice receberá a presidente argentina na próxima segunda-feira no Vaticano, em sua primeira audiência com um chefe de Estado desde que foi eleito papa no último dia 13 de março.
Strassera pôs em dúvida que o gesto papal provoque uma mudança nas tensas relações entre Cristina e Bergoglio e denunciou que o governo argentino considera "inimigos" todos os que pensam diferente.
"Tudo isto é uma canalhice, absolutamente falso, em todo o julgamento não houve uma só menção a (Jorge) Bergoglio", declarou Strassera a "Rádio Mitre", em referência ao julgamento das juntas militares no qual atuou como promotor em 1985.
Após a eleição de Bergoglio como papa, organizações de direitos humanos denunciaram o papel da Igreja na ditadura e lembraram que o cardeal argentino depôs como testemunha em duas causas por delitos de lesa-humanidade.
Para Strassera, as acusações estão motivadas porque nem a presidente argentina, Cristina Kirchner, nem seus partidários "podem suportar que alguém a quem desprezaram antes esteja acima deles".
"Você sabe que perante o papa se inclinam todos e (Cristina) terá que inclinar-se porque Bergoglio demonstrou uma grande fidalguia ao recebê-la pessoalmente, depois dos desprezos que os Kirchner fizeram", opinou o ex-promotor.
O sumo pontífice receberá a presidente argentina na próxima segunda-feira no Vaticano, em sua primeira audiência com um chefe de Estado desde que foi eleito papa no último dia 13 de março.
Strassera pôs em dúvida que o gesto papal provoque uma mudança nas tensas relações entre Cristina e Bergoglio e denunciou que o governo argentino considera "inimigos" todos os que pensam diferente.
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