Presidente da câmara francesa é ameaçado sobre legalização do casamento gay
Paris, 22 abr (EFE).- O presidente da Assembleia Nacional Francesa, Claude Bartolone, recebeu nesta segunda-feira uma carta de ameaça que continha pólvora e advertia sobre as "consequências" de submeter a votação a legalização do casamento homoafetivo,que está previsto para amanhã.
A carta, digitada em computador, foi analisada pelos serviços de segurança da Assembleia antes de chegar a Bartolone, informou a emissora "France Info", que detalhou que foi entregue aos artífices para seu estudo.
O presidente da câmara dos deputados é tratado na carta como "presidente da República Socialista Soviética".
Assinada pelo grupo Interação de Forças Armadas (Ifo), a carta, de uma página, continha em seu envelope pólvora de munição e advertia sobre o perigo que correm os socialistas caso seja votada a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Caso o "ultimato" do grupo não seja cumprido, a carta prometia que "a família política" de Bartolone vai "sofrer fisicamente", assinalou a emissora.
A carta termina com outra ameaça: "Nossos métodos são mais radicais e rápidos que as manifestações. Vocês queriam guerra e a terão". A Promotoria de Paris abriu uma investigação sobre o fato.
A ameaça acontece às vésperas do voto definitivo da lei que autoriza o casamento homoafetivo e um dia depois da terceira grande manifestação contra o projeto que é uma das promessas eleitorais do presidente, François Hollande.
A ameaça se soma a um aumento das agressões e dos ataques homofóbicos registrados pelas associações de homossexuais.
O ministro do Interior, Manuel Valls, denunciou que as manifestações contra o casamento homossexual estão "libertando o discurso homófobo".
"Quando se ataca os gays e as lésbicas, quando se bate neles, é porque se libertou esse discurso", declarou Valls na emissora "Europe 1".
E acusou o deputado conservador Henri Guaino de "parcial" por não respeitar "a democracia".
Valls reconheceu que as manifestações contra o casamento homossexual reúnem muita gente, mas afirmou que "são uma minoria, comparada aos milhões de franceses que votaram em François Hollande", que prometeu legalizar o casamento homossexual.
Segundo a polícia, 45 mil pessoas participaram da manifestação de ontem, domingo, em Paris, para pedir a retirada da lei do casamento homossexual.
Guaino, muito próximo ao ex-presidente Nicolas Sarkozy, denunciou a manipulação dos números por parte das autoridades, enquanto os organizadores da manifestação disseram que a participação foi de 270 mil pessoas.
Os deputados votarão amanhã o texto que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, lei que será adotada graças à maioria parlamentar de esquerda.
A carta, digitada em computador, foi analisada pelos serviços de segurança da Assembleia antes de chegar a Bartolone, informou a emissora "France Info", que detalhou que foi entregue aos artífices para seu estudo.
O presidente da câmara dos deputados é tratado na carta como "presidente da República Socialista Soviética".
Assinada pelo grupo Interação de Forças Armadas (Ifo), a carta, de uma página, continha em seu envelope pólvora de munição e advertia sobre o perigo que correm os socialistas caso seja votada a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Caso o "ultimato" do grupo não seja cumprido, a carta prometia que "a família política" de Bartolone vai "sofrer fisicamente", assinalou a emissora.
A carta termina com outra ameaça: "Nossos métodos são mais radicais e rápidos que as manifestações. Vocês queriam guerra e a terão". A Promotoria de Paris abriu uma investigação sobre o fato.
A ameaça acontece às vésperas do voto definitivo da lei que autoriza o casamento homoafetivo e um dia depois da terceira grande manifestação contra o projeto que é uma das promessas eleitorais do presidente, François Hollande.
A ameaça se soma a um aumento das agressões e dos ataques homofóbicos registrados pelas associações de homossexuais.
O ministro do Interior, Manuel Valls, denunciou que as manifestações contra o casamento homossexual estão "libertando o discurso homófobo".
"Quando se ataca os gays e as lésbicas, quando se bate neles, é porque se libertou esse discurso", declarou Valls na emissora "Europe 1".
E acusou o deputado conservador Henri Guaino de "parcial" por não respeitar "a democracia".
Valls reconheceu que as manifestações contra o casamento homossexual reúnem muita gente, mas afirmou que "são uma minoria, comparada aos milhões de franceses que votaram em François Hollande", que prometeu legalizar o casamento homossexual.
Segundo a polícia, 45 mil pessoas participaram da manifestação de ontem, domingo, em Paris, para pedir a retirada da lei do casamento homossexual.
Guaino, muito próximo ao ex-presidente Nicolas Sarkozy, denunciou a manipulação dos números por parte das autoridades, enquanto os organizadores da manifestação disseram que a participação foi de 270 mil pessoas.
Os deputados votarão amanhã o texto que legaliza o casamento entre pessoas do mesmo sexo, lei que será adotada graças à maioria parlamentar de esquerda.
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