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Enchentes na Europa central causam morte de 18 pessoas

06/06/2013 12h51

Viena/Berlim, 6 jun (EFE).- Pelo menos 18 pessoas morreram por causa das intensas chuvas e enchentes que desde sexta-feira passada castigam a Europa Central, e embora em algumas das regiões mais afetadas o alarme comece a diminuir, outras ainda estão à espera do pior.

Na Alemanha, a situação adquire uma aparência dramática pois, além de todas as áreas que já ficaram alagadas, como grande parte da Baviera, agora se espera que a cheia dos rios atinja também o norte do país.

As previsões apontam que os rios Elba, Spree e Neisse aumentarão consideravelmente seu volume d'água o próximo fim de semana, sobretudo na Baixa Saxônia e Brandemburgo, de modo que a situação dos dias seguintes ainda pode ser crítica.

Enquanto isso, na Baviera o panorama continua sendo complexo. Apesar dos níveis das águas caírem sensivelmente, os trabalhos de limpeza e reparação de danos são confusos, apesar dos milhares de voluntários e soldados que estão colaborando.

Para esta quinta-feira, espera-se que a chanceler, Angela Merkel, visite as localidades mais prejudicadas na zona oriental do país, como Bitterfeld.

Enquanto isso, na República Tcheca, mais de 7.000 famílias continuavam hoje privados de eletricidade, gás e calefação devido às enchentes, informou a "Rádio Praga".

Cerca de uma centena de localidades estão total ou parcialmente alagadas na região de Boêmia noroeste.

A região de Usti nad Labem, situada junto à fronteira com a Alemanha, é uma das mais afetadas deste país, e continua em estado de emergência. Aqui, o nível do rio Elba alcançou esta madrugada seu "ponto crítico", com um volume de até 10,7 metros.

Mais de 11 mil pessoas teriam que ser desalojadas nas últimas horas. Há previsões de que aqui o Elba continue subindo até atingir seu nível máximo, de 11,5 metros.

O Ministério da Saúde tcheco advertiu que as enchentes poderiam causar doenças infecciosas na população, e preparou as reservas de vacinas contra tétano e icterícia de tipo A e B.

Por outro lado, na Áustria, o número de mortos por causa das inundações chegou hoje a quatro, após ser encontrado na região de Vorarlberg os corpos de duas pessoas aparentemente afogadas, que se somam às mortes de outros dois homens em Salzburgo e Vorarlberg, informou a agência "APA".

No estado federado de Baixa Áustria, mais de 250 bombeiros e vários voluntários transportavam esta manhã sacos de areia para proteger e fortalecer uma barreira no Danúbio que a água ameaça ultrapassar.

Embora na maior parte do território alpino o volume dos rios esteja descendo lenta e paulatinamente, a situação continua tensa porque muitos diques ameaçam ceder à pressão da água.

Em outros países, como a Eslováquia, as autoridades decidiram aumentar o número de soldados para que vigiem as áreas mais críticas dos transbordamentos.

O nível do Danúbio em Bratislava se situava esta manhã em torno dos 10,24 metros, segundo a agência eslovaca "TASR".

Apesar de algumas áreas urbanas já estarem alagadas, como o Jardim Botânico e a parte inferior da Universidade Comenius, os responsáveis públicos asseguram que a capital deveria poder resistir, com as medidas de proteção, a alta das águas.

O Danúbio, que com seus 2.857 quilômetros é o segundo rio mais longo da Europa (depois do Volga), não só causou estragos na Alemanha, Áustria e Eslováquia.

Na Hungria, por exemplo, começaram as evacuações em várias localidades situadas em suas margens e cerca de 250 pessoas foram afetadas.

O Governo húngaro mobilizou o Exército para que, junto com milhares de voluntários, avançou nas tarefas de prevenção.

Os alarmes também soaram na Romênia, último país pelo qual flui o Danúbio antes de desembocar no Mar Negro, perante o risco de inundações durante a semana que vem.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente romeno advertiu em comunicado, as previsões apontam para que entre 13 e 15 de junho o volume do Danúbio superará as chamadas "cotas de defesa", ou seja, o nível a partir do qual o rio transborda.