EUA: Número de desaparecidos em deslizamento cai de 90 para 22
O número de pessoas tidas como desaparecidas após o deslizamento de terra ocorrido no dia 22 de março em uma zona rural do Estado de Washington, na costa oeste dos Estados Unidos, foi reduzido de 90 para 22 nos últimos dias, enquanto o número oficial de mortos é de 24, informaram nesta segunda-feira (31) as autoridades. O novo balanço de vítimas foi divulgado pelo diretor-executivo do condado de Snohomish, Gary Haakenson, na entrevista coletiva com a qual todas as noites, nos últimos nove dias, também informa sobre a evolução dos trabalhos de resgate daquela que já é considerada como a pior catástrofe natural de Washington no último século e um de os piores deslizamentos de terra da história dos EUA.
Na semana passada, as autoridades chegaram a falar em 26 mortos, mas decidiram não incluir nenhuma pessoa na lista antes da análise dos médicos legistas. Com isso, o número oficial de mortos é de 24, sendo 18 corpos identificados, enquanto o número de desaparecidos caiu de 90 para 22 desde sábado (29). Os únicos cinco sobreviventes achados até o momento, que se encontram em um hospital local em estado grave, foram resgatados no dia 22 de março, nas primeiras horas após a catástrofe, e desde então não foi encontrado nenhum sinal de vida.
A melhora do tempo facilitou os trabalhos de busca nas últimas horas, mas apenas 5% da área onde se acredita que podem estar as vítimas foi analisada por enquanto. Por isso, na medida em que os dias vão passando, autoridades, equipes de resgate, familiares e moradores perdem a esperança de encontrar mais alguém com vida e teme-se que o número final de mortos inclua as 22 pessoas que ainda são consideradas desaparecidas.
A chuva e o vento dificultaram na semana passada as tarefas de busca no local, que se transformou em um amontoado de escombros, árvores e lama após a avalanche de terra. Essas condições também dificultam as estimativas do balanço de vítimas. As autoridades trabalham com base na informação que cerca de 180 pessoas viviam no local do acidente no pequeno povoado de Oso, localizado a 60 quilômetros de Seattle, uma das principais cidades do país.
Na segunda-feira passada, em menos de 24 horas, o número oficial de mortos passou de oito para 14 e o de desaparecidos de 18 para 108 e, pouco depois, para 176. As autoridades reduziram na quarta-feira (26) o número de desaparecidos para 90, mas admitiram que a situação de outras 35 pessoas ainda é desconhecida, pois não se sabe se estavam em Oso no momento da catástrofe.
Apenas metade das casas destruídas era habitadas permanentemente, já que a população de Oso é variável, um dos fatores que alimentavam até agora as esperanças das autoridades de que o número de desaparecidos incluísse pessoas que não estavam no local no momento do acidente. Mas a avalanche de lama aconteceu no pior horário possível, a manhã de um sábado, quando a maioria das pessoas estava dentro de suas residências e não no trabalho ou nas escolas, como teria ocorrido em um dia útil.
Nos dias seguintes ao acidente foram divulgados vários documentos, estudos geológicos e comunicados governamentais que mostram, segundo a imprensa local, que tanto os moradores da região como as autoridades conheciam o risco de um deslizamento de terra.
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