Descoberto pela primeira vez papel de proteína tau em doença de Huntington
Madri, 20 jul (EFE).- Uma equipe de cientistas espanhóis e holandeses detectou pela primeira vez o papel desempenhado pela proteína tau na doença de Huntington, que era até agora desconhecida, publicou neste domingo a revista "Nature Medicine".
O trabalho pode levantar novas abordagens para esta desordem neurodegenerativa que causa movimentos involuntários, alterações psiquiátricas e demência, explicou uma nota do Centro de Pesquisa Biomédica em Rede sobre Doenças Neurodegenerativas.
A doença de Huntington é causada por uma mutação no gene da huntingtina (HTT), que envolve a expansão do número de repetições do trio da citosina, adenina e guanina (CAG).
O papel da proteína tau - associada à formação e manutenção da morfologia neuronal e de suas conexões específicas - tinha sido estudado até agora em um determinado grupo de doenças neurodegenerativas, mas era desconhecido no caso do Huntington.
Segundo a investigação, o RNA mensageiro (cópia do DNA) destes pacientes apresentou alterações semelhantes às de patologias conhecidas como tauopatias (Alzheimer, demência frontotemporal, degeneração corticobasal), que causam desequilíbrio e aumento da proteína tau no cérebro.
A relação direta entre a tau e o Huntington sugere que o tratamento genético com pequenas moléculas relacionadas com a tau para algumas tauopatias poderiam ser úteis para o tratamento dele também.
Segundo José Javier Lucas, diretor do estudo e Marta Fernández-Nogueiras, primeira signatária do artigo, as pesquisas sobre o Huntington se beneficiarão "do muito que já se conhece sobre a tau por causa de seu papel no Alzheimer e em outras tauopatias".
Por outro lado, os depósitos de tau em forma de varinha detectados no Huntington eram desconhecidos no Alzheimer e poderiam fornecer novas informações que ajudem na busca de cura e tratamento de todos estes males.EFE
msr/cd
O trabalho pode levantar novas abordagens para esta desordem neurodegenerativa que causa movimentos involuntários, alterações psiquiátricas e demência, explicou uma nota do Centro de Pesquisa Biomédica em Rede sobre Doenças Neurodegenerativas.
A doença de Huntington é causada por uma mutação no gene da huntingtina (HTT), que envolve a expansão do número de repetições do trio da citosina, adenina e guanina (CAG).
O papel da proteína tau - associada à formação e manutenção da morfologia neuronal e de suas conexões específicas - tinha sido estudado até agora em um determinado grupo de doenças neurodegenerativas, mas era desconhecido no caso do Huntington.
Segundo a investigação, o RNA mensageiro (cópia do DNA) destes pacientes apresentou alterações semelhantes às de patologias conhecidas como tauopatias (Alzheimer, demência frontotemporal, degeneração corticobasal), que causam desequilíbrio e aumento da proteína tau no cérebro.
A relação direta entre a tau e o Huntington sugere que o tratamento genético com pequenas moléculas relacionadas com a tau para algumas tauopatias poderiam ser úteis para o tratamento dele também.
Segundo José Javier Lucas, diretor do estudo e Marta Fernández-Nogueiras, primeira signatária do artigo, as pesquisas sobre o Huntington se beneficiarão "do muito que já se conhece sobre a tau por causa de seu papel no Alzheimer e em outras tauopatias".
Por outro lado, os depósitos de tau em forma de varinha detectados no Huntington eram desconhecidos no Alzheimer e poderiam fornecer novas informações que ajudem na busca de cura e tratamento de todos estes males.EFE
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