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EUA reduzem pessoal na embaixada do Iêmen devido à instabilidade política

23/01/2015 01h45

Washington, 22 jan (EFE).- Os Estados Unidos reduziram seu pessoal na embaixada de Sana, a capital do Iêmen, devido à situação de instabilidade política no país após as renúncias do presidente, Abdo Rabbo Mansour Hadi, e do primeiro-ministro, Khaled Bahah.

"Apesar de a embaixada permanecer aberta e continuar funcionando, talvez sigamos realocando recursos em função da situação no terreno", informou um funcionário do alto escalão do Departamento de Estado em comunicado.

Mansour Hadi colocou hoje seu cargo à disposição do presidente do parlamento, Yahia al Raie, que se reunirá no sábado com os deputados para aceitar ou rejeitar a renúncia do ainda chefe de Estado.

Caso a Assembleia Legislativa aceite a saída de Mansour Hadi, será o próprio Raie quem vai assumir temporariamente a presidência.

Encurralado pelo conflito com o movimento rebelde xiita dos houthis, Mansour Hadi justificou sua decisão ao afirmar que o Iêmen está "em um beco sem saída".

As renúncias surpreenderam a população iemenita, que hoje esperava ver resolvida uma profunda crise que já dura vários dias, depois que ontem a presidência do país firmou um acordo com os houthis.

Segundo esse pacto, os rebeldes xiitas deveriam ter abandonado suas posições em trono das instalações estratégicas que controlam após os confrontos no domingo com a Guarda Presidencial.

Entre esses locais, se encontram a residência de Mansour Hadi e o palácio presidencial de Sana, que os houthis continuam ocupando.

Por sua vez, as autoridades mudaram certos aspectos da Constituição e concederam aos rebeldes 50% de participação nos cargos de liderança do Estado.