Polícia prende no Paraguai último envolvido em morte de bicheiro no RJ
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na noite de sexta (3), o último foragido suspeito de participar do assassinato do bicheiro Fernando Iggnácio, em 2020.
O que aconteceu
Pedro Emanuel Silva Cordeiro, o Pedrinho, foi preso em Ciudad del Este, fronteira com o Brasil. A operação foi uma parceria entre a DHC (Delegacia de Homicídios da Capital) do Rio e a Polícia Nacional do Paraguai.
Pedrinho era o último foragido entre os suspeitos de participar do crime, em 2020. O bicheiro Rogério de Andrade, acusado de ser mandante do crime, foi preso em outubro do ano passado. Entre os que participaram, Rodrigo das Neves foi preso em janeiro de 2021 em uma no sul da Bahia; Otto Samuel Silva Cordeiro, ex-PM e irmão de Pedrinho, foi preso em fevereiro de 2023 no Paraná; e Ygor Santos da Cruz, o Farofa, foi encontrado morto em novembro de 2022, no Recreio.
Segundo a polícia, ele usava um documento falso do Brasil. "O autor será encaminhado para a Polícia Federal do Brasil, que ficará a cargo de apresentá-lo à Justiça brasileira", informou a PC-RJ. Ele responde por duas acusações de homicídio.
Como foi o crime
Iggnacio foi morto em 2020 em um heliponto no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Ele foi atingido por tiros de fuzil AK-47 na cabeça quando estava a poucos metros do próprio carro. Os disparos também acertaram três veículos que estavam no estacionamento.
Sobrinho e braço direito de Castor de Andrade, Rogério assumiu os negócios após a morte do tio. O bicheiro dividiu o espólio com Paulo Roberto de Andrade e Fernando Iggnácio, filho e genro de Castor de Andrade, respectivamente. Considerado um dos maiores nomes da história do jogo do bicho, Castor de Andrade morreu em 1997, por causa de um ataque cardíaco.
Rogério foi acusado de ser o mandante da morte dos então rivais na disputa da herança de Castor. Paulo foi morto em 1998, e Fernando foi assassinado em 2020.
Esta não é a primeira denúncia contra Rogério em relação à morte de Fernando Iggnácio. Em 2022, o bicheiro teve uma ação penal trancada pelo Supremo Tribunal Federal por "falta de provas que demonstrem seu envolvimento com o crime".
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