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UE pede cautela até aplicação da paz, e Poroshenko agradece apoio do bloco

Andrei Stasevich/AP
Imagem: Andrei Stasevich/AP

Em Bruxelas

12/02/2015 18h07

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediu "cautela" até que o novo acordo de paz para o leste da Ucrânia, selado nesta quinta-feira (12) em Minsk, seja aplicado, enquanto o presidente do país, Petro Poroshenko, agradeceu pelo apoio e a postura comum do bloco em relação à tensão entre Kiev e Moscou.

"Hoje ainda temos esperança em uma solução pacífica, mas a verdadeira prova é o respeito ao cessar-fogo" (presente no novo acordo, que entra em vigor no próximo dia 15), afirmou Tusk em pronunciamento à imprensa em conjunto com Poroshenko.

O presidente ucraniano informou aos 28 líderes da UE (União Europeia) sobre o acordo firmado com os separatistas pró-Rússia em uma cúpula dos líderes de Ucrânia, Rússia, França e Alemanha.

Poroshenko mostrou seu agradecimento pessoalmente a Tusk e a toda a UE, e ressaltou a "unidade" entre os líderes do bloco, que se reuniram hoje de maneira informal em Bruxelas.

"Isso é o mais importante para mim, a unidade na UE", ressaltou, referindo-se especialmente à "defesa dos valores europeus" e a solidariedade para com a Ucrânia.

Tusk, por sua vez, enfatizou que "o primeiro acordo de Minsk (pactuado em setembro) não foi respeitado", e por isso, os membros da UE permanecerão "cautelosos até que as palavras no papel se transfiram a fatos verdadeiros".

O presidente do Conselho Europeu também garantiu que a União Europeia "permanece unida" nos esforços para manter a soberania e integridade territorial da Ucrânia. Segundo ele, essa unidade foi provada "quando foi necessária uma reação mais forte ou o envio de assistência para ajudar a reconstruir a Ucrânia".

"Também é importante, neste momento crucial, nossa união com os Estados Unidos", acrescentou.

UE e EUA aplicaram sanções contra a Rússia por seu envolvimento na crise ucraniana, e o governo americano debate se vai enviar à Ucrânia armamentos de defesa diante da escalada do conflito com os separatistas.