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Embaixada da Espanha na Líbia é alvo de atentado

20/04/2015 21h33

Trípoli, 21 abr (EFE).- Uma bomba foi detonada nesta terça-feira (data local) junto à embaixada da Espanha em Trípoli sem deixar feridos, mas causando danos materiais no exterior do edifício, situado no distrito central de Manshiya, informaram à Agência Efe fontes de segurança na capital norte-africana.

Segundo seu relato, a bomba explodiu pouco antes de 1h (horário local, 20h de segunda-feira em Brasília) perto dos muros da legação diplomática, que está vazia - apenas com guardas de segurança locais - desde que foi evacuada em julho do ano passado.

"A bomba estava dentro de uma bolsa e foi lançada de um carro que passou a toda velocidade. Não causou vítimas, mas sim um grande buraco perto da guarita de segurança", disse à Efe uma testemunha.

No último dia 12 de abril, pelo menos dois guardas de segurança morreram e uma terceira pessoa ficou ferida em um atentado similar contra a embaixada da Coreia do Sul na capital líbia.

No mesmo dia, uma segunda bomba explodiu em frente à legação do Marrocos sem causar vítimas, em um ataque cuja autoria foi assumida pelo braço líbio do Estado Islâmico, que luta na Síria e Iraque.

A agressão levou Seul a retirar seu pessoal da embaixada, decisão que já tinham adotado com adiantamento outros países - incluindo a Espanha no último dia 31 de julho - perante a crescente deterioração das condições de segurança no país e na capital.

Apenas nesta segunda-feira pelo menos 13 pessoas morreram e 45 ficaram feridas nos intensos combates que explodiram na cidade de Benghazi, segundo informaram à Efe fonte médicas locais.

A Líbia é um Estado fracassado, vítima da guerra civil e do caos desde que em 2011 a comunidade internacional apoiou a revolta rebelde contra a ditadura de Muammar Kadafi.

Desde as últimas eleições, o poder esta dividido entre os governos de Trípoli e de Tobruk, apoiados por diferentes grupos islamitas, senhores da guerra, líderes tribais e contrabandistas de petróleo, armas, pessoas e drogas.

Em meio a tudo isso, se fortalecem grupos jihadistas ligados ao grupo Estado Islâmico na Síria e no Iraque e à organização da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), a associação terrorista mais forte do norte da África.