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Governo nepalês diz que reconstrução dos monumentos é de "máxima prioridade"

04/05/2015 08h08

Katmandu, 4 mai (EFE).- O governo nepalês anunciou nesta segunda-feira que dará "máxima prioridade" à reconstrução dos monumentos e lugares históricos destruídos pelo terremoto que atingiu o Nepal, que também transformou em escombros outras 200 mil edificações.

"Damos máxima prioridade à restauração dos monumentos e lugares com importância histórica, cultural e arqueológica" que ficaram destruídos ou danificados pelo terremoto, anunciou em comunicado o Ministério das Relações Exteriores nepalês.

Para isso, a chefia das Relações Exteriores fez um pedido à comunidade internacional para que "compartilhe sua experiência" em trabalhos de restauração e "coopere na preservação" de sua "antiga herança cultural".

O governo nepalês pediu, além disso, a doação de US$ 2 bilhões para "os esforços de reabilitação e reconstrução", em um país no qual ficaram destruídas pelo terremoto pelo menos 200.552 edificações e outras 186.285 sofreram danos.

O Nepal, um dos países mais pobres do mundo, obtém parte de seus ingressos graças às expedições em montanha, dada sua proximidade da cordilheira do Himalaia, e ao turismo cultural graças à riqueza monumental do Vale de Katmandu.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), alguns centros históricos que ficaram gravemente danificados pelo terremoto são as praças Durbar de Katmandu e Patan, os palácios de Hanuman Dhoka na capital, o recinto monumental de Bhaktapur e a célebre torre Dharahara.

O Ministério das Relações Exteriores também expressou suas "sentidas condolências" para as famílias dos estrangeiros que morreram no terremoto e que, segundo os últimos dados oficiais, chegam a 58, de um total de 7.365 mortos em todo o país.

Segundo a lista oficial de estrangeiros falecidos, a maioria procedem da Índia e o resto da China, França, Japão, Estados Unidos, Austrália, Itália, e Estônia.

O terremoto de 7,8 graus de 25 de abril foi o de maior magnitude no Nepal em 80 anos e o pior na região em uma década desde que em 2005 outro terremoto deixou mais de 84 mil mortos na Caxemira.