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Papa diz que deixar imigrantes morrerem é um atentado contra vida humana

Papa Francisco ganha uma pipa com uma pomba da paz desenhada de adolescentes que cometeram crimes vindos das cidades de Bari e Trani, no sul da Itália - Alessandra Tarantino/AP
Papa Francisco ganha uma pipa com uma pomba da paz desenhada de adolescentes que cometeram crimes vindos das cidades de Bari e Trani, no sul da Itália Imagem: Alessandra Tarantino/AP

Na Cidade do Vaticano

30/05/2015 11h07

O papa Francisco assegurou que trata-se de um "atentado contra a vida humana" o aborto, as mortes no trabalho e por desnutrição, assim como deixar morrer os imigrantes que viajam em embarcações precárias no Canal da Sicília.

O papa se expressou assim durante um discurso ao receber no Vaticano os membros da associação Ciência e Vida, no qual pediu que "não se esqueçam nunca de todos os atentados à sacralidade da vida humana".

"É atentado à vida a praga do aborto. É atentado à vida deixar morrer nossos irmãos no Canal da Sicília. É atentado à vida a morte no trabalho porque não são respeitadas as mínimas condições de segurança", afirmou o pontífice.

"É atentado à vida a morte por desnutrição. É atentado à vida o terrorismo, a guerra, a violência, mas também a eutanásia".

Em sua alocução, Francisco pediu que a ciência "seja sempre um saber a serviço da vida e do homem".

Além disso, o papa ressaltou que "uma sociedade justa reconhece primeiro o direito à vida desde sua concepção até seu término natural", mas também convidou a "refletir" sobre o uso que se faz da vida.

"O grau de progresso de uma civilização é medido justo pela capacidade de proteger a vida, sobretudo em suas fases mais delicadas, mais do que pela divulgação de instrumentos tecnológicos".

Francisco concluiu pedindo aos membros desta associação que "instaurem um diálogo fértil com todo o mundo da ciência".