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Poroshenko pede à UE para prolongar sanções contra Rússia

27/08/2015 10h44

Bruxelas, 27 ago (EFE).- O chefe de Estado da Ucrânia, Petro Poroshenko, pediu nesta quinta-feira à União Europeia (UE) que prolongue as sanções contra a Rússia, a quem responsabiliza do descumprimento dos acordos de Minsk.

"Esperamos que a UE tenha a possibilidade de prolongar as sanções contra algumas personalidades da Federação russa", disse o líder ucraniano em entrevista coletiva depois de se reunir com o presidente da Comissão Europeia (CE, órgão executivo da UE), Jean-Claude Jucker.

Por outra parte, Poroshenko pediu a Moscou um "cessar-fogo imediato", em vez de esperar o próximo dia 1º de setembro para seu começou, como acertaram nesta quarta-feira representantes de Ucrânia, Rússia e dos separatistas pró-Rússia.

O presidente ucraniano e Juncker se reuniram nesta quinta-feira para tratar o aumento da violência no leste da Ucrânia e falar de outros assuntos, como o acordo comercial entre UE e esse país e as negociações para a liberalização dos vistos com a Ucrânia.

Juncker lamentou que não haja reflexos da cessação da violência e reiterou seu desejo de ver as duas partes "aplicar a totalidade dos acordos", embora tenha especificado que o pedido se dirige em particular à Rússia, "porque não parece cumprir os deveres que lhe cabem".

"A paz e a estabilidade na Ucrânia passa pela aplicação dos acordos de Minsk e esperamos que todas as obrigações sejam respeitadas por uns e outros", disse o presidente da CE.

Por outro lado, se referiu aos "grandes progressos" conseguidos para a liberação dos vistos com a Ucrânia, algo que, segundo disse, Bruxelas proporá antes do final do ano, se for constatado que o país cumpriu todos os requisitos necessários.

Acrescentou que, em todo caso, a decisão exigirá o sinal verde dos Estados-Membros da UE, embora tenha se mostrado confiante em que os países vão apoiar a ideia, no caso de existir uma proposta do bloco a respeito.

Poroshenko acusou a Rússia de violar os acordos de Minsk e ressaltou que, para o cumprimento, a primeira coisa é o cessar-fogo, seguido da retirada do armamento e libertação dos reféns.