Autoridades buscam três suspeitos de ataque jihadista contra hotel no Mali
As autoridades do Mali buscam pelo menos três suspeitos do ataque de ontem com reféns no hotel Radisson Blu, em Bamaco, reivindicado por dois grupos jihadistas que atuam no Sahel.
Segundo fontes de segurança, os soldados malineses iniciaram um protocolo com todas as medidas para encontrar suspeitos de terem envolvimento no ataque, que segundo o presidente do país, Ibrahim Boubacar Keita, deixou 19 reféns e dois agressores mortos.
As investigações, conduzidas pelas autoridades malinesas apoiadas por uma rede internacional de soldados da Missão da ONU no Mali e da França, entre outros, não descartam a existência de cúmplices dos que atuaram dentro do hotel, mas não detalharam se se tratariam de clientes ou funcionários do estabelecimento atacado.
As fontes de segurança disseram à Efe que as câmaras de vigilância instaladas dentro do hotel ajudarão a esclarecer detalhes sobre este ataque.
Ontem um grupo de homens armados se aproximou do hotel Radisson Blu, considerado o mais seguro de Bamaco, em um veículo com placa diplomática, dispararam contra os guardas e tomaram 170 pessoas como reféns.
Entre as nacionalidades já confirmadas dos mortos estão um belga, um americano e vários russos.
Horas antes do discurso de Keita, fontes da Missão da ONU no Mali (Minusma) e outras fontes diplomáticas falaram de 27 mortos entre os reféns e de 13 supostos jihadistas abatidos.
Após o ataque, o governo do Mali decretou estado de emergência durante dez dias e três dias de luto nacional.
Os grupos jihadistas Al Mourabitoun e Al Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI) reivindicaram o ataque.
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