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Exército sírio invade reduto do Estado Islâmico perto de Palmira

03/04/2016 08h26

Cairo, 3 abr (EFE).- As forças do regime sírio e suas milícias aliadas invadiram neste domingo a cidade estratégica de Al Qariatain, ao sul da cidade de Palmira, no marco da ofensiva contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na zona.

As unidades do Exército avançam desde vários eixos dentro de Al Qariatain, em mãos do EI desde o verão passado, para eliminar os últimos comboios de jihadistas, segundo informou uma fonte militar à agência oficial síria, "Sana".

Dita fonte afirmou que as forças governamentais já tomaram o controle das zonas de Al Mazara e Al Jarubi al Kibir, nos arredores de Al Qariatain, e destruíram posições e veículos do EI no leste e sul da cidade.

Por sua vez, o Observatório Sírio de Direitos Humanos indicou que as tropas entraram pela periferia sul e noroeste e que houve violentos enfrentamentos entre ambos os grupos na população, situada no leste da província de Homs.

A aviação militar russa e síria lançaram mais de 40 bombardeios contra as posições do EI na zona, segundo essa rede de ativistas.

A invasão em Al Qariatain ocorre depois que as forças do regime sírio recuperaram o controle nas últimas 24 horas da maioria das colinas que rodeiam a população.

Há cinco dias, o governador de Homs, Talal al Barazi, explicou à Agência Efe que as forças armadas avançavam desde três lados -norte, oeste e sul- e haviam posicionado a um quilômetro de Al Qariatain.

A frente de guerra na província de Homs se transferiu a Al Qariatain depois que os militares retomaram há uma semana Palmira, cujas ruínas greco-romanas são Patrimônio Mundial da Unesco.

Muitos dos jihadistas que fugiram de Palmira se refugiaram em Al Qariatain, embora muitos tenham escapado rumo à próxima Al Sujna.

O EI conquistou Palmira em maio passado e três meses mais tarde dominou Al Qariatain, onde sequestrou 230 civis.

As operações contra o grupo terrorista se intensificaram recentemente na Síria, já que o EI ficou fora da trégua estipulada entre o governo e a oposição no final de fevereiro.