Erdogan anuncia que Turquia não ajustará lei antiterrorista como UE pede
Istambul, 6 mai (EFE).- A Turquia não fará os ajustes em sua legislação antiterrorista exigidos pela União Europeia (UE) para dar sinal verde à eliminação da necessidade de visto para os cidadãos turcos, anunciou o presidente Recep Tayyip Erdogan nesta sexta-feira.
"A Turquia está rodeada por organizações terroristas e pelos que as apoiam, e agora a UE nos pediu para mudar a legislação antiterrorista para eliminar o visto", criticou o chefe de Estado em discurso em Istambul, transmitido pelo canal de televisão "NTV".
"Por que não mudam vocês a mentalidade a respeito dos que puseram tendas contra o parlamento Europeu?", perguntou Erdogan, em referência a um protesto autorizado de militantes curdos em Bruxelas, em março.
"Eles podem montar barracas, 'é pela democracia', vocês dizem, mas para nós põem condições pelo visto. Sinto muito, vamos seguir nosso caminho, vocês vão pelo seu. Negociem um acordo com quem vocês puderem", lançou Erdogan a Bruxelas.
Horas antes, o ministro turco de Assuntos Europeus, Volkan Bozkir, afirmou que seu país já fez mudanças nessa lei para restringir a definição de terrorismo, como pediu a UE, ao acrescentar uma definição de "perigo aberto e imediato" para a ordem pública.
Bozkir considerou, em declarações publicadas pelo jornal "Sabah", que após essas mudanças, a lei turca passou a cumprir os padrões europeus, mas admitiu que as negociações continuariam para "mudar mais algumas palavras".
"Em um momento com tantos mortos, nós não podemos nos dar a esse luxo. Estamos falando (com as autoridades europeias) e as convenceremos", afirmou o ministro, otimista.
A UE enumerou 72 condições para abolir ainda no meio deste ano a exigência de visto aos cidadãos turcos, entre elas várias mudanças legais nas normativas penais.
Na terça-feira, a Turquia afirmou ter cumprido todas as exigências, mas como ficou evidente agora, este detalhe ainda não foi resolvido.
"A Turquia está rodeada por organizações terroristas e pelos que as apoiam, e agora a UE nos pediu para mudar a legislação antiterrorista para eliminar o visto", criticou o chefe de Estado em discurso em Istambul, transmitido pelo canal de televisão "NTV".
"Por que não mudam vocês a mentalidade a respeito dos que puseram tendas contra o parlamento Europeu?", perguntou Erdogan, em referência a um protesto autorizado de militantes curdos em Bruxelas, em março.
"Eles podem montar barracas, 'é pela democracia', vocês dizem, mas para nós põem condições pelo visto. Sinto muito, vamos seguir nosso caminho, vocês vão pelo seu. Negociem um acordo com quem vocês puderem", lançou Erdogan a Bruxelas.
Horas antes, o ministro turco de Assuntos Europeus, Volkan Bozkir, afirmou que seu país já fez mudanças nessa lei para restringir a definição de terrorismo, como pediu a UE, ao acrescentar uma definição de "perigo aberto e imediato" para a ordem pública.
Bozkir considerou, em declarações publicadas pelo jornal "Sabah", que após essas mudanças, a lei turca passou a cumprir os padrões europeus, mas admitiu que as negociações continuariam para "mudar mais algumas palavras".
"Em um momento com tantos mortos, nós não podemos nos dar a esse luxo. Estamos falando (com as autoridades europeias) e as convenceremos", afirmou o ministro, otimista.
A UE enumerou 72 condições para abolir ainda no meio deste ano a exigência de visto aos cidadãos turcos, entre elas várias mudanças legais nas normativas penais.
Na terça-feira, a Turquia afirmou ter cumprido todas as exigências, mas como ficou evidente agora, este detalhe ainda não foi resolvido.
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