Jornalista turco Can Dundar sofre atentado durante seu julgamento em Istambul
Istambul, 6 mai (EFE).- Uma pessoa atirou nesta sexta-feira contra o prestigiado jornalista Can Dündar, sem atingi-lo, durante uma pausa no julgamento que o repórter enfrenta em um tribunal de Istambul por revelar segredos de governo.
O agressor disparou duas vezes contra Dündar mas só feriu levemente outro jornalista, da emissora "NTV", e foi detido imediatamente, explicou o próprio Dündar à Agência Efe por telefone.
O atentado aconteceu diante do Palácio de Justiça de Istambul, durante um recesso do julgamento de Dündar e Erdem Gül, para quem a promotoria pede 25 e 10 anos de prisão, respectivamente.
Os jornalistas são acusados de "revelação de segredos de Estado", por publicarem em maio de 2015, no jornal "Cumhuriyet", imagens de um envio de armas da Turquia à Síria, em janeiro de 2014, escoltado por agentes dos serviços secretos.
"Estávamos saindo do tribunal para tomar um chá. Ia com minha mulher, quando um homem se aproximou e gritou: "Você é um traidor" e disparou contra mim. Não me atingiu. A bala raspou em um colega", relatou o jornalista.
"Primeiro minha mulher se jogou sobre o homem armado, depois um deputado (que assistia ao julgamento) o agarrou por trás. Não o conheço, mas sei quem o incitou. Aqueles que levam tempo nos mirando", explicou.
Dündar e Gül foram detidos em novembro de 2015 e passaram três meses em prisão preventiva antes de a Suprema Corte ordenar a libertação provisória deles, uma decisão que foi duramente criticada pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que se envolveu pessoalmente na ação.
O chefe de Estado declarou que nem aceitava nem respeitava a decisão judicial, insistiu que os repórteres deveriam "pagar um alto preço" e exigiu que os tribunais inferiores que não acatassem a sentença do Supremo.
A decisão do polêmico caso, que várias autoridades europeias qualificaram de violação da liberdade de imprensa, era esperada para hoje, com certa esperança de absolvição, já que a promotoria descartou a inicial acusação de espionagem.
A emissora "CNNTÜRK" afirmou que o agressor foi identificado como Murat Sahin, de 30 anos, mas os motivos do atentado não foi divulgados.
O agressor disparou duas vezes contra Dündar mas só feriu levemente outro jornalista, da emissora "NTV", e foi detido imediatamente, explicou o próprio Dündar à Agência Efe por telefone.
O atentado aconteceu diante do Palácio de Justiça de Istambul, durante um recesso do julgamento de Dündar e Erdem Gül, para quem a promotoria pede 25 e 10 anos de prisão, respectivamente.
Os jornalistas são acusados de "revelação de segredos de Estado", por publicarem em maio de 2015, no jornal "Cumhuriyet", imagens de um envio de armas da Turquia à Síria, em janeiro de 2014, escoltado por agentes dos serviços secretos.
"Estávamos saindo do tribunal para tomar um chá. Ia com minha mulher, quando um homem se aproximou e gritou: "Você é um traidor" e disparou contra mim. Não me atingiu. A bala raspou em um colega", relatou o jornalista.
"Primeiro minha mulher se jogou sobre o homem armado, depois um deputado (que assistia ao julgamento) o agarrou por trás. Não o conheço, mas sei quem o incitou. Aqueles que levam tempo nos mirando", explicou.
Dündar e Gül foram detidos em novembro de 2015 e passaram três meses em prisão preventiva antes de a Suprema Corte ordenar a libertação provisória deles, uma decisão que foi duramente criticada pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que se envolveu pessoalmente na ação.
O chefe de Estado declarou que nem aceitava nem respeitava a decisão judicial, insistiu que os repórteres deveriam "pagar um alto preço" e exigiu que os tribunais inferiores que não acatassem a sentença do Supremo.
A decisão do polêmico caso, que várias autoridades europeias qualificaram de violação da liberdade de imprensa, era esperada para hoje, com certa esperança de absolvição, já que a promotoria descartou a inicial acusação de espionagem.
A emissora "CNNTÜRK" afirmou que o agressor foi identificado como Murat Sahin, de 30 anos, mas os motivos do atentado não foi divulgados.
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