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Jornal afirma que governo turco vai prolongar detenções e confiscará bens

20.jul.2016 - Mulher participa de comício para apoiar o presidente turco, Tayyip Erdogan, em Istambul - Daniel Mihailescu/ AFP
20.jul.2016 - Mulher participa de comício para apoiar o presidente turco, Tayyip Erdogan, em Istambul Imagem: Daniel Mihailescu/ AFP

Em Ancara

22/07/2016 06h41

O governo da Turquia planeja emitir os primeiros decretos, como lhe permite a situação de estado de emergência iniciada na quinta-feira (21), incluindo o confisco de bens dos supostos golpistas, além de aumentar o período de detenção, como publicou nesta sexta-feira o jornal "Hürriyet".

De acordo com o jornal, as apreensões de bens de supostos participantes da fracassada tentativa de golpe da semana passada vai acontecer enquanto durarem as investigações.

Além disso, segundo "Hürriyet", os funcionários que são suspeitos de pertencer à confraria de Fetullah Gülen, clérigo que o governo turco acusa de organizar o golpe, serão despedidos sem nenhum tipo de compensação, enquanto os simpatizantes serão destituídos de seus cargos.

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Até o momento, cerca de 50 mil pessoas em todo o país tiveram seus salários suspensos por conta de uma suposta vinculação com Gülen.

O jornal, citando fontes governamentais não identificadas, afirma que outra medida que o governo tomará por decreto é a ampliação de quatro para sete dias o período que alguém pode ficar detido antes de ser enviado para o juiz.

Além disso, escolas, fundações e associações que tiverem ligação com Gülen serão fechadas.

A Gendarmaria, corpo policial militarizado que se manteve fiel ao governo durante o golpe, terá menos dependência do Exército.

O governo também planeja uma campanha internacional em que os ministros da Justiça e das Relações Exteriores viajarão para os Estados Unidos, onde Gülen reside desde 1999, para discutir sua extradição para a Turquia.

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