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Terrorista citou islã durante ataque em Londres, diz mãe de vítima esfaqueada

Em Londres

04/06/2017 15h14

A mãe de um jovem de 23 anos ferido no atentado terrorista de Londres afirmou neste domingo (4) que o agressor que apunhalou seu filho disse, antes de cravar-lhe a arma, que fazia aquilo "pelo islã", segundo declarações feitas à imprensa britânica.

Na saída do Hospital King's College, ao sul de Londres, onde visitou seu filho Daniel, Elizabeth O'Neill explicou aos jornalistas que o jovem estava com sua namorada saindo de um bar quando foi agredido por um homem com uma faca.

"Tinha acabado de sair do bar quando se aproximou correndo um homem que lhe disse 'Isto é pela minha família, isto é pelo islã' e lhe cravou uma faca", relatou a mulher, que indicou que os médicos não descartaram que seu filho possa ter sofrido danos em um rim devido ao ataque.

A mãe de Daniel O'Neil, que aparentemente entrou de novo no bar após ser esfaqueado enquanto seu agressor fugia, revelou também que o jovem tem agora uma "cicatriz de 17 centímetros que vai da barriga até as costas".

"Houve disparos, (os agentes) disseram a todo o mundo que se jogasse no chão e depois para que fossem à parte de baixo do bar", acrescentou a mulher.

Nesse sentido, O'Neill elogiou o trabalho "absolutamente fantástico" da polícia britânica, que transferiu seu filho ferido ao hospital, bem como o trabalho das enfermeiras e do pessoal médico.

"Estas pessoas dizem que cometem estes atos em nome de Deus, o que é uma piada absoluta", declarou a mãe do jovem em relação aos terroristas.

O ataque, realizado na noite de sábado, começou com uma van que atropelou vários pedestres na London Bridge, da qual posteriormente saíram três homens com facas que atacaram indiscriminadamente várias pessoas no Borough Market, bem próximo à ponte.

Em consequência do ataque morreram sete pessoas e outras 48 foram hospitalizadas em cinco centros médicos da cidade, das quais 36 seguem internadas, 21 delas "em estado crítico", segundo as últimas informações dos serviços de emergência.

A polícia britânica deteve até agora 12 pessoas após ter efetuado várias operações policiais no bairro de Barking, ao leste da capital, por sua suposta vinculação com o atentado.

A Scotland Yard ainda não revelou a identidade dos três agressores, abatidos por 50 disparos de oito agentes que chegaram primeiro ao local do ataque.