Corbyn diz que trabalhistas estão "preparados" para ajudar Reino Unido
O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, afirmou nesta sexta-feira (9) que sua formação está "preparada para ajudar" o Reino Unido após aumentar, contra todas as probabilidades, o número de cadeiras nas eleições britânicas realizadas ontem.
Em uma declarações para a "BBC", o líder do primeiro partido da oposição britânica - que conquistou 261 cadeiras (29 a mais) - deixou claro, no entanto, que não fará nenhum acordo ou aliança.
Corbyn voltou a pedir a renúncia da primeira-ministra conservadora Theresa May e ressaltou que as negociações sobre o "Brexit" devem continuar adiante, apesar do resultado das eleições, onde nenhum partido conseguiu a maioria absoluta.
"Eu acredito que necessitamos de uma mudança. Estamos preparados para ajudar este país", disse o político esquerdista, e acrescentou que ficou "claro" quem ganhou esta eleição.
"Estamos preparados para fazer tudo o que pudermos para implementar nosso programa. Ninguém tem uma maioria parlamentar neste momento, o partido que perdeu nesta eleição é o Conservador, os argumentos apresentados pelo Conservador nestas eleições perderam", afirmou.
Como indicado, o Partido Trabalhista ganhou um "grande mandato" para aplicar um programa de governo que "desafie as medidas de austeridade, pobreza e desigualdade e que dê oportunidades aos jovens, as pessoas de meia idade e proteja os idosos".
Apesar de não ter a maioria absoluta, os trabalhistas foram os grandes protagonistas, ganhando mais cadeiras em uma Câmara dos Comuns formada por 650 parlamentares.
Quando Theresa May convocou as eleições, os trabalhistas estavam em uma desvantagem de 20 nas pesquisas de intenções de voto.
No entanto, com uma mensagem centrada na melhora dos serviços públicos e em combater as desigualdades sociais, Corbyn, na reta final, conseguiu subir nas pesquisas.
No dia 18 de abril, Theresa May convocou eleições gerais antecipadas, com o objetivo, segundo ela, de obter um mandato forte nas negociações sobre o "brexit", que deveriam começar no próximo dia 19, mas agora pode atrasar pela incerteza criada com o resultado da eleição.
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