Jornalista palestino morre após ser baleado por israelenses em Gaza

O videojornalista e fotógrafo palestino Yasser Murtaja, 31, morreu neste sábado (7), enquanto cobria os protestos da Marcha do Retorno, na fronteira entre Gaza e Israel, confirmaram fontes médicas e jornalísticas. Outros sete repórteres ficaram feridos nos mesmos eventos um dia antes.

Murtaja trabalhava para a agência local "Ein Media" e morreu em decorrência dos ferimentos sofridos no abdome, provocados por disparos de atiradores da ocupação (israelense), confirmou o sindicato de jornalistas em comunicado divulgado pela agência palestina "Wafa". O fato ocorreu no leste da cidade de KhanYunis. 

O sindicato qualificou os ataques de "insistência do Exército de ocupação em continuar cometendo crimes deliberados contra jornalistas palestinos" e de "tê-los como alvos".

O órgão alega que os jornalistas, e Murtaja em particular, foram claramente identificados como tais enquanto trabalhavam, mesmo assim sofreram ferimentos a bala, e garantiu que vai denunciar os fatos nos tribunais e em fóruns internacionais, além de pedir a proteção da ONU para seus trabalhadores.

Murtaja será enterrado neste sábado em Gaza, e o sindicato pediu assistência máxima ao funeral.

Além disso, convocou repórteres da Cisjordânia para homenagear Murtaja em um funeral que será realizado às 12h (hora local), em Ramallah.

Pelo menos 10 pessoas morreram por disparos israelenses e cerca de 500 foram feridas à bala na segunda sexta-feira da Marcha do Retorno, onde 20 mil moradores de Gaza foram para a fronteira com Israel e alguns deles queimaram pneus, lançaram coquetéis molotov e pedras.