Premiê australiano pede ao Papa que destitua arcebispo condenado em caso de pedofilia
O primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, pediu nesta quinta-feira (19) ao papa Francisco que destitua o arcebispo de Adelaide, Philip Wilson, condenado neste mês a um ano de prisão por encobrir abusos sexuais de menores.
O arcebispo Wilson, o padre católico de mais alto nível condenado em um caso relacionado à pedofilia, se recusou a deixar seu posto e anunciou sua intenção de recorrer da sentença emitida no último dia 3.
"Ele deveria ter renunciado e chegou a hora do Papa o dispensá-lo", disse Turnbull à imprensa, após uma reunião com bispos do país.
"Muitos dirigentes pediram sua saída. Parece claro para mim que ele deve renunciar e acho que chegou a hora da autoridade máxima da igreja agir e dispensá-lo", completou.
Wilson, de 67 anos, afirmou após a sentença que pensou "seriamente" nos pedidos para que renuncie ao seu cargo, mas acrescentou que, por enquanto, exercerá seus "direitos legais".
Após a decisão judicial, Wilson anunciou que estava se afastando de suas funções como arcebispo de Adelaide e o papa Francisco nomeou um administrador apostólico para a arquidiocese.
A Justiça australiana deve anunciar no próximo dia 14 de agosto se o arcebispo pode cumprir a pena de 12 meses em liberdade ou sob prisão domiciliar ou terá que ir para a prisão, já que a sentença estipulava que devia passar seis desses meses sem direito à liberdade condicional.
Em outubro, o governo australiano deve pedir perdão às vítimas em nome do Estado.
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