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Governo sírio exige saída das tropas de EUA e Turquia

13.abr.2017 - O presidente sírio, Bashar al-Assad - SANA/REUTERS
13.abr.2017 - O presidente sírio, Bashar al-Assad Imagem: SANA/REUTERS

28/09/2019 17h39

O governo do presidente sírio Bashar al-Assad exigiu hoje a saída imediata das tropas de Estados Unidos e Turquia do país e alertou que está pronto para agir caso a retirada não ocorra.

"Se recusarem, temos o direito de tomar qualquer medida de resposta autorizada pela legislação internacional", avisou o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moualem, diante da Assembleia Geral da ONU.

O representante de Damasco respondeu também ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que na terça-feira defendeu na ONU a ideia de criar uma "zona segura" - negociada com os EUA - no território sírio para assentar dois milhões de refugiados.

Moualem lembrou que Turquia e EUA mantêm "uma presença militar ilegal" no norte da Síria e denunciou a "arrogância" dos países por discutirem abertamente a criação da "zona segura" como se estivesse nos territórios deles.

"Qualquer acordo sobre qualquer parte da Síria sem o consentimento do governo sírio é condenado e rejeitado", declarou o diplomata.

O ministro das Relações Exteriores também destacou que as autoridades sírias estão "determinadas a continuar a guerra contra o terrorismo em todas as suas formas, até acabar com os últimos terroristas".

"Além disso, tomaremos todas as medidas necessárias para evitar um ressurgimento", acrescentou, pedindo o apoio da comunidade internacional para acabar com este "pesadelo".

Sobre a província de Idlib, o último grande reduto rebelde, o chanceler afirmou que a região representa a "maior reunião de terroristas estrangeiros do mundo" e que é 90% controlada pela Frente al Nusra, antigo braço da Al Qaeda.

"O regime turco está se apressando agora, com o apoio de alguns países ocidentais, para proteger a Frente al Nusra e outros grupos terroristas como já fizeram antes", denunciou.

Idlib está coberta por um acordo de cessação das hostilidades negociado entre Turquia e Rússia, a grande aliada de Damasco, mas os combates não foram interrompidos durante os últimos meses.