Protestos contra governo deixam 6 feridos a tiros na Guiné
Por Saliou Samb
CONACRI (Reuters) - Pelo menos seis pessoas foram feridas a tiros na capital da Guiné nesta segunda-feira, segundo o governo, durante protestos contrários à data marcada para as eleições e em ataques que os oposicionistas dizem terem o objetivo de atingi-los.
Manifestantes bloquearam ruas e queimaram pneus ao longo da noite em alguns bairros de Conacri que são considerados redutos da oposição. Forças de segurança equipadas com escudos e capacetes foram acionadas para limpar as ruas e usaram gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que responderam lançando pedras.
"Queremos que (o presidente) Alpha Condé saia", gritava um dos manifestantes.
Várias testemunhas relataram terem escutado o barulho de tiros. Um comunicado do governo disse que 10 pessoas feridas deram entrada em dois hospitais de Conacri, incluindo seis com ferimentos de bala. Oito pessoas foram presas durante os protestos, segundo o comunicado, e uma relativa calmaria foi restabelecida ao amanhecer.
"Até o momento, não sabemos de onde vieram os tiros", disse o porta-voz do governo, Damantang Albert Camara, acrescentando que policiais foram alvos de tiros no bairro de Hamdallaye, em Conacri, embora nenhum tenha sido atingido.
Uma viatura policial foi danificada e um membro das forças de segurança foi ferido por pedras lançadas por manifestantes, disse ele.
A comissão eleitoral da Guiné anunciou no mês passado a realização de uma eleição presidencial em 11 de outubro, decisão que a oposição disse violar um acordo selado em julho de 2013 para que eleições regionais, há muito postergadas, fossem realizadas antes.
"Não vamos parar. Estamos convocando as manifestação para que continuem amanhã (terça-feira), até que nossas demandas sejam totalmente atendidas", disse o oposicionista Cellou Dalein Diallo à jornalistas.
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