Presidente do União diz que 'vai resolver' crise sobre disputa ao Planalto
O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, disse à coluna que, "quando chegar ao Brasil, vai resolver isso" ao comentar sobre o racha no partido em torno de uma candidatura própria à Presidência da República em 2026.
Rueda estava num voo vindo de Londres para o Brasil quando conversou rapidamente com a coluna.
Em entrevista à coluna, o líder do União na Câmara, Elmar Nascimento (BA), disse que há maioria na sigla para apoiar a reeleição de Lula e que o partido precisa decidir até fevereiro se irá manter os cargos no governo ou lançar um nome próprio ao Palácio do Planalto. Segundo ele, seria "traição" a Lula construir uma candidatura de oposição "por dentro do governo".
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado — que reafirma o lançamento de sua candidatura em 2026 — respondeu à colunista Raquel Landim que "é impossível" o partido apoiar Lula em 2026. O que gerou uma tréplica.
Impossível é ele [Caiado] sair candidato. Ele não sabe o bem que estou fazendo a ele. O maior beneficiário é ele, para não fazer papel de trouxa. Hoje o apoio dele está limitado a Goiás. Quem não é Lula no União é Bolsonaro, não é Caiado. Ninguém vai patrocinar candidatura sem chance.
Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara
A posição de Elmar foi replicada por outros colegas de partido. A coluna Painel, da Folha de S.Paulo, mostrou que o deputado Alfredo Gaspar (AL) concordou que o partido tome ainda neste ano uma decisão.
À coluna, Caiado disse que irá lançar sua pré-candidatura em fevereiro, em evento na Bahia, terra do líder do partido. Perguntado se ele tem votos para aprovar sua candidatura no partido, afirmou:
"Eu não sei. Eu só sei de uma coisa: eu vou lançar minha pré-candidatura em Salvador, depois do Carnaval. Uma definição como essa de uma candidatura tem que ser discutida internamente, dentro do partido. Você tem que convocar o diretório nacional."
Caiado afirma que não vê problemas de o partido permanecer no governo Lula com três ministérios e apresentar uma candidatura de oposição ao mesmo tempo.
O governador comparou com sua situação local ao afirmar que tinha três ex-ministros de Bolsonaro no seu governo e que o ex-presidente lançou candidatura à prefeitura adversária à sua.
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