Trégua permite entrega de ajuda humanitária no Iêmen
Por Angus McDowall
RIAD (Reuters) - Agências de distribuição de ajuda humanitária aproveitaram nesta quinta-feira a trégua de cinco dias no Iêmen para expandir a entrega de itens básicos a parte das milhões de pessoas sem acesso a comida, combustível e remédios há semanas por causa de combates e ataques aéreos.
A Arábia Saudita, que lidera uma coalizão de países árabes apoiados pelo Ocidente, tem bombardeado os rebeldes houthis e as forças do Exército leais ao ex-presidente do Iêmen Ali Abdullah Saleh desde 26 de março, com o objetivo de reconduzir ao poder o atual presidente, Abd-Rabbu Mansour Hadi, que está exilado em Riad.
No entanto, apesar de semanas de ataques, os houthis e o ex-presidente Saleh permanecem com apoio por todo o país, e nenhum dos lados ainda parece disposto a fazer concessões para uma solução política. Enquanto isso, aumenta a preocupação de que os ataques aéreos e os combates entre o houthis, milícias tribais, unidades leais a Hadi e separatistas do sul causem uma catástrofe humanitária.
Voos de ajuda humanitária começaram a partir dos Emirados Árabes Unidos para a capital iemenita, Sanaa, que está sob controle dos houthis e tem sido alvo de bombardeios, mas não é palco de combates terrestres. A ONU disse que navios com ajuda atracaram nos portos de Hodeida e Áden.
Uma fonte do setor de transportes no Iêmen disse que pelo menos três navios com combustível e trigo chegaram a Hodeida e al-Mukalla. A Arábia Saudita enviou oito caminhões com diesel por terra à província de Hadramout e o Catar mandou medicamentos e alimentos através de Djibuti.
A agência de notícias Saba, sob controle houthi, informou que dois aviões com suprimentos médicos do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e dos Médicos sem Fronteiras aterrissaram na capital.
(Reportagem de Lara Sukhtian, em Dubai; Mohammed Mukhashaf, em Áden; Mohammed Ghobari, no Cairo; e Tom Miles, em Genebra)
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