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Biden viaja pelos EUA e avalia se entra na corrida presidencial de 2016

Por Jeff Mason
Imagem: Por Jeff Mason

Em Anaheim

17/09/2015 09h34

Enquanto avalia a possibilidade de concorrer à Presidência, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, viajou esta semana para Califórnia, Michigan e Ohio, Estados cruciais para arrecadação de fundos e reconhecimento eleitoral caso decida entrar na disputa.

Os locais não são uma coincidência, embora os eventos que ele esteja frequentando sejam oficialmente pela Casa Branca.

Os destinos sugerem que o vice-presidente está mantendo sua campanha em posição de espera enquanto decide se enfrentará a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, cuja vantagem na disputa pela indicação como candidata presidencial democrata em 2016 foi manchada pelo modo como lidou com uma controvérsia sobre o uso de um e-mail pessoal quando estava no governo.

Biden está dando sinais mistos, em público e em privado.

Na semana passada, ele deu uma entrevista emotiva em Nova York para Stephen Colbert, no programa ?Late Show", da CBS, em que sugeriu que não estava pronto para dar os 110 por cento necessários em uma campanha, continuando a sofrer por seu filho Beau, que morreu recentemente. Na mesma viagem, no entanto, ele se encontrou com um grande arrecadador de campanha que prometeu apoio a Hillary.

"Não acho que ele saiba o que vai fazer. Acho que ele está lutando com isso", disse, sob a condição de manter o anonimato, um amigo próximo de Biden, que se encontrou com ele um par de vezes na semana passada.

Na quarta-feira, Biden foi à Califórnia, um Estado rico em doadores para os democratas, para divulgar a energia solar e representar o governo em uma conferência com a China sobre as mudanças climáticas. O aquecimento global é um problema primordial para os ambientalistas, que constituem uma parte importante da base política do presidente Barack Obama.

Em tom que lembrava o de um candidato, Biden se referiu ao debate presidencial republicano da quarta-feira e previu que alguns pré-candidatos iriam negar as mudanças climáticas.

"Eles provavelmente também negariam a lei da gravidade", disse.

Biden não está olhando apenas para os republicanos. O ex-senador dos EUA, que por duas vezes foi derrotado em disputas para ser nomeado candidato democrata, está acompanhando o desempenho instável de Hillary e avaliando suas opções.

Se resolver se candidatar, Biden entraria num grupo formado pelo ex-senador Jim Webb, da Virgínia, o ex-governador do Maryland Martin O'Malley, o ex-governador de Rhode Island Lincoln Chafee e o senador Bernie Sanders, de Vermont.