Homem-bomba do Estado Islâmico vestido de mulher mata 10 em mesquita do Iêmen
Pelo menos 10 fiéis muçulmanos que realizavam as orações do festival Eid al-Adha foram mortos, nesta quinta-feira (24), quando um homem-bomba do Estado Islâmico vestido de mulher se explodiu em uma mesquita do Iêmen controlada pela etnia houthi, disseram fontes de segurança.
A filial do Estado Islâmico no Iêmen afirmou que o atentado na mesquita de Al-Balili, nos arredores da Cidade Antiga de Sanaa, matou ou feriu dezenas de "renegadores" --o grupo militante sunita usa o termo para descrever muçulmanos xiitas que vê como hereges.
"Em uma operação de segurança facilitada por Deus como parte dos atos de vingança para muçulmanos dos renegadores houthis, o irmão Abu Omar al-Hadidi se misturou a uma multidão de apóstatas houthis no templo de Al-Balili e detonou seu cinturão suicida, fazendo com que dezenas perecessem ou se ferissem...", afirma o comunicado.
Médicos disseram que pelo menos 36 outras pessoas ficaram machucadas. Um site dos houthis deu um saldo de mortes de pelo menos 10 pessoas, e a mídia árabe declarou terem sido no mínimo 25 mortes.
Os houthis, aliados do Irã, tomaram a capital Sanaa um ano atrás e forçaram o presidente iemenita, Abd-Rabbu Mansour Hadi, a se exilar na Arábia Saudita. A partir de março, os sauditas lideraram uma coalizão árabe para devolver Hadi ao cargo e repelir os houthis para seu bastião no norte.
Mais de 4.500 pessoas já morreram no conflito, que o Estado Islâmico vem explorando para expandir suas operações na região.
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