Crise dos refugiados leva coalizão de Merkel à menor taxa de apoio desde junho de 2014
O apoio ao bloco conservador da chanceler alemã, Angela Merkel, caiu 1 ponto porcentual, ficando em 38%, o nível mais baixo desde junho de 2014, por causa de divergências em seu bloco sobre como lidar com o fluxo recorde de refugiados, revelou uma pesquisa nesta quarta-feira.
Merkel e Horst Seehofer, o líder de um partido bávaro aliado ao da chanceler, têm expressado com frequência seu desacordo sobre a forma como a Alemanha deve reagir ao fluxo de refugiados. A Alemanha, destino preferido para os refugiados que fogem da guerra no Oriente Médio, espera um número recorde de 800 mil a 1 milhão de pedidos de asilo este ano.
Enquanto Merkel tem favorecido uma política de portas abertas e insistido que a Alemanha pode lidar com isso, Seehofer, primeiro-ministro da Baviera, primeiro ponto de entrada para muitos imigrantes, adotou uma posição linha-dura e seu Estado ameaçou levar o governo à Justiça se não tentar limitar o fluxo de requerentes de asilo.
A pesquisa Forsa, encomendada pela emissora RTL e a revista Stern, mostrou que o apoio aos conservadores caiu 1 ponto percentual, para 38%.
O Partido Verde ficou com 10%, 1 ponto percentual a mais do que na semana passada, e o apoio para as outras legendas se manteve estável.
Os sociais-democratas (SPD), parceiros de coalizão dos conservadores de Merkel, e o partido de extrema-esquerda Linke, permaneceram com o mesmo número de simpatizantes: 25% e 9%, respectivamente.
A Alternativa de Direita para a Alemanha (AFD), que adota uma linha dura sobre a imigração, manteve seu apoio inalterado em 7% em nível nacional. Na Baviera, que faz fronteira com a Áustria e tem arcado com o peso do afluxo, a AFD tem 9%. Na Alemanha Oriental, o apoio à AFD estava em 13%.
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