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Rússia diz que vetará texto francês de resolução da ONU para evacuação de Aleppo

18.dez.2016 - Em foto divulgada pela agência de notícias do governo sírio, ônibus aparecem incendiados na província de Idlib. Rebeldes teriam queimado os veículos que seriam usados para evacuar feridos e doentes de duas vilas ao norte da Síria. O incidente prejudicou o acordo de retirada de pessoas de Aleppo - Sana via AP
18.dez.2016 - Em foto divulgada pela agência de notícias do governo sírio, ônibus aparecem incendiados na província de Idlib. Rebeldes teriam queimado os veículos que seriam usados para evacuar feridos e doentes de duas vilas ao norte da Síria. O incidente prejudicou o acordo de retirada de pessoas de Aleppo Imagem: Sana via AP

Michelle Nichols

18/12/2016 17h27

A Rússia afirmou neste domingo que vetará uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) redigida pela França e que visa assegurar aos oficiais da ONU o monitoramento das retiradas de pessoas de partes sitiadas de Aleppo, propondo um texto alternativo que acredita alcançar o mesmo objetivo.

Vitaly Churkin, embaixador da Rússia, disse que a resolução elaborada pela França não dá conta da preparação necessária para que os funcionários da ONU possam monitorar as retiradas, além da proteção dos civis que permanecem na cidade.

"Não temos nenhum problema com qualquer tipo de monitoramento", disse ele a jornalistas.

"Mas a ideia de que eles devem passar pelas ruínas do leste de Aleppo sem preparação adequada e sem informar a todos sobre o que vai acontecer, é desastre escrito", disse Churkin.

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AFP

Churkin divulgou um texto alternativo neste domingo, durante uma reunião a portas fechadas, antes de uma votação da proposta francesa.

O texto russo contém uma mudança fundamental e pede ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que "providencie, em coordenação com as partes interessadas, acordos de segurança que permitam que a Organização das Nações Unidas monitore a situação dos civis que permanecem em Aleppo".

A Rússia, um aliado de Damasco que deu apoio militar às tropas do presidente sírio Bashar al-Assad, vetou seis resoluções do Conselho de Segurança sobre a Síria desde que o conflito começou em 2011. A China se juntou a Moscou no veto a cinco resoluções.